segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Todos os dias são especiais


A virada de um ano. Fogos. Brindes. Comemorações. Desejos. Promessas. Agradecimento. Renascimento. Renascer. Nascer um novo ciclo. São muitas as palavras quando o final de dezembro chega. A diferença de um segundo se torna muito para quem ignora horas de um dia normal. O último dia do ano nunca é definido como normal. É diferente, é especial. Mas, o que me preocupa é a mania das pessoas de parecerem boas durante as festas de final de ano e durante o resto dos dias permanecerem sem esperanças. É claro que a virada é importante. Acreditar e desejar boas coisas sempre vai ser relevante. Mas, com toda energia dessa época, meu desejo é que as pessoas priorizem o que dão importância nessa data, nos outros 334 dias de oportunidades para realizar. Feliz ano novo, mas, principalmente, feliz cada dia da nossa vida.

 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O verde do interior


Hoje caminhei por uma estrada cheia de pedras. E isso não foi uma coisa ruim. Pelo contrário, cada vez que percorro esse caminho, me sinto eu. De verdade. Como criança, como alguém livre e acostumada. Esse lugar é onde cresci, onde vivi, onde ainda moro. Às vezes. E, por mais que não seja sempre, é aqui que me sinto em casa. Minha casa, meu interior. Nada de barulho, nem de confusão. Olhar para trás ao escutar um barulho de carro é apenas um gesto de curiosidade, não de cuidado. A tranquilidade de me sentir segura é uma das maiores riquezas que tenho aqui. Ouvir o canto dos pássaros. Sentir o sol por entre as árvores. Árvores, natureza. Nada de calçadas que puxam os raios solares que chegam rapidamente, ignorando a camada protetora que deixou de nos cobrir. Pedras, terra e grama. Odeio o cinza das cidades grandes. Mas, preciso suportar. Por mais que ame o rural, é no urbano que terei de viver. É lá que fica a maior parte das notícias. É lá que vou precisar estar. Morar. Viver. Mas, às vezes. Porque sempre vou querer fugir para esse meu cantinho, onde não se tem shoppings, mas, se tem ar puro. O ar que eu quero. O ar que preciso. Cinza é a cor da destruição, verde me lembra esperança. E é de esperança que o mundo sobrevive. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Lágrimas saudosas


Escrito em maio de 2012. 


            Era um dia qualquer. Caminhava lentamente ao escutar barulhos intensos provocados pela brincadeira dos quero-queros. Enquanto avançava, percebi o rosto frágil de uma mulher de corpo estreito, de aparência quase quebrável. Ela se escondia, entre lágrimas, nos cabelos ruivos da amiga. Por algum motivo desconhecido, a moça tão pequena estava com expressão gigante de tristeza. Passei ao lado das duas e tentei entender a situação.
            Depois de sentar em um banco vermelho, peguei um livro de páginas amarelas devido aos anos de uso e continuei a observar, discretamente, o drama das amigas. Quando enxerguei os olhos tristes da que confortava, comecei a entender a intensidade das amizades. O sofrimento de alguém pode ser uma dor para si mesmo, desde que a pessoa se importe com a outra. E elas se importavam! Qualquer um seria capaz de enxergar preocupação naquele abraço.
            Seria um choro por uma morte de um amigo, parente ou conhecido? Uma briga de casal? Ou quem sabe uma despedida? Sei lá, quem entende lágrimas desconhecidas? Mas eu queria entender e mais: eu gostaria de poder ajudar.
            Foi então que enxerguei - como em uma imagem de cinema, quando o fundo desfocado, ganha vida - um casal aparentemente feliz, trocando beijos e carinhos. Era isso! O “cara” que ela amava, estava com outra. “Que idiota”, pensei. Mas tudo bem, mistério descoberto. Ponto para mim!
            Já concentrada nas páginas do meu livro, certa sobre o motivo do desespero da menina, levanto a cabeça e percebo alguém na minha frente, concentrado em observar a mesma cena que me prendeu atenção minutos atrás. Meu olhar volta para as garotas abraçadas. Elas continuavam do mesmo modo. Uma se derretia em lágrimas e a outra com olhar fixo e sem brilho. Quando uma voz surgiu: “Ela sente saudades da infância”. 
Depois de refletir por um segundo, continuei a escutar: “Existem pessoas que sentem saudades das estações, outras de algumas pessoas ou de um lugar, mas ela sonha em ser criança novamente”. O dono da voz terminou sua fala e foi até a frágil menina, lhe deu um beijo na boca e ajudou as duas a se levantarem antes de partirem juntos em direção ao carro preto, estacionado logo ali.
Fechei o livro e me dediquei a ouvir meu coração. Cada batida parecia um breve período para compreender a cena e as palavras que havia escutado. Aquela menina podia ter tido uma atitude estranha em relação ao comum, mas estava completamente certa. Meu Deus! O tempo voa. As coisas acontecem tão intensamente. Que saudade de tudo! As horas passam sem que a gente perceba que cada minuto é uma divisão entre o que somos agora e o que acabamos de deixar para trás. Nunca esqueça o que você foi um dia e nem se perca no caminho que te leva ao futuro. 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Notas perdidas, rascunhos esquecidos


Quente, vazia e estranha ao quadrado. Já achava esta rodoviária diferente, e hoje ela estava para me surpreender. A quietude me agitava mais do que entediava e o riso da menina de vestido listrado era o único som humano no interior escuro onde ficava a bilheteria.
A mulher, responsável pela vendas, se dividia entre os poucos passageiros que a procuravam, a televisão que emitia, silenciosamente, um ruído que se identificava como a Rede Globo e um notebook na qual Adele era reproduzida. “Essa senhora tem bom gosto”, pensei.

E aí a crônica foi abandonada. Encontrei esse início de texto nas notas do meu celular. Fui escrever algo e não tinha espaço suficiente. Então fui passando, nota por nota, quando a li. Foi escrita em fevereiro desse ano, na rodoviária de Agudo, cidade onde fazia as aulas da auto-escola. Com certeza, tinha esquecido algum livro em casa. Quando isso acontece, meu celular sempre me salva. Não posso ler? Então, vou escrever. Já cansei de rascunhar ideias nas notas do aparelho. Ou nas últimas folhas do meu bloco de entrevistas rabiscadas e até mesmo no verso da lista do supermercado.
Não vou terminar essa crônica. Gosto de ter uma inspiração e terminar logo. Não sei onde ela iria parar. Que propósito tinha ou se ia abordar algum assunto polêmico. O ônibus deve ter chegado enquanto eu escrevia e as letras do meu texto foram abandonadas. Uma pena. Mas vou deixá-la assim. Que cada pessoa que ler esse texto, crie o próprio final para a crônica. Usem seus corações. Libertem a criatividade. Usem e abusem! Pensem, relatem, observem, sonhem, vivam! Eu tenho essa mania, não adianta! Quando estou sozinha, costumo conversar com a minha imaginação. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Porque todos moram no paraíso


Ser de uma cidade que tem o nome de Paraíso rende muitas piadinhas. E não digo isso pelo pequeno número de habitantes, mesmo que isso seja outro grande fator para gozações. Mas falo pelas inúmeras vezes que escutei: “então você mora no paraíso?”, “é o paraíso mesmo?”, “Eva e Adão moram lá?” e “paraíso realmente existe, como é lá?”. Não falo sobre isso por não gostar. Na verdade, não me importo. Mas semana passada, algo diferente aconteceu.
            Fui comprar minha passagem. Já sei o jeito que cada “moça dos bilhetes” atende. Escolhi a mais simpática. A loira dos cabelos esvoaçante. 30 e poucos anos. Olhos claros. “Pra onde moça?” Respondi: Paraíso! Foi então que ela entrou pra lista das pessoas brincalhonas em relação a isso. “Então você mora no paraíso?”.
            Observei seu jeito entusiasmado. Acredito que ela tenha se sentido esperta por falar sobre isso.  Sorri e confirmei. Fui sentar em um dos bancos da rodoviária. Estava ainda a guardar a passagem na carteira quando comecei a pensar: “O que as pessoas entendem sobre a palavra Paraíso?”
            Céu, jardim do Édem, lugar utópico. Há diversas definições. Até mesmo cidade, olha que ironia! Eu, como alguém que acredita muito em Deus, e prefere ter fé nas histórias que sempre me falaram a ter que buscar razão nessas questões, creio que exista sim o lugar tranquilo e bonito para nos receber depois da morte.
            Mas, por que falarem tanto disso? A vida já é curta para se preocupar com depois dela. Será que vale a pena achar definições? Não é mais simples se despreocupar? Pois é, eu penso assim. As pessoas se preocupam muito em tentar adivinhar e prever as coisas e se esquecem que estão vivas. Talvez, o verdadeiro paraíso, seja apenas viver plenamente. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

“Em cada esquina paro em cada olhar”


O senhor de boina preta caminhava lentamente pelo chão liso da rodoviária. Tão lento como passos de valsa. Enquanto dançava, olhava para os lados como se procurasse algo ou alguém. Sua expressão era séria até que a viu. Ela caminhava em sua direção, também dançando. Mas seus passos eram de discoteca, curtos e rápidos. Ela deveria ser uns dez anos mais nova que o senhor que a observava. De repente, quando seus olhos se cruzaram, um arrumar de casaco que combinava com os sapatos caramelos se deu e ele sorriu.
Eu poderia chutar, por alguns segundos, que aqueles dois eram casados. Quando, como em um piscar de olhos, ela passou reto pelo senhor e foi em direção ao embarque. Ele abaixou a cabeça como se falasse: “É claro que não era ela”. Gostaria de poder ter entendido realmente a situação. Ele parecia feliz em um momento e tão triste em outro.
Foi assim que parei pra pensar: quantas pessoas sofrem com a ausência de outras? Depois de ver seus olhos pelo vidro da lancheria na qual estava sentada a observar a cena, pude entender. Ele tinha olhos de saudade. Alguém muito especial, provavelmente o amor de sua vida, tinha o deixado. Por vontade própria ou pela natureza, não sei. A única certeza que tive, era que ele jamais desistiria de tentar enxergar nas outras pessoas, traços e jeitos de quem um dia amou.

Ando por aí querendo te encontrar 
Em cada esquina paro em cada olhar 
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Palavras ao vento - Marisa Monte

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Do que mais gosto nas férias


Gosto do cheirinho de tranquilidade. Sim, tranquilidade tem cheiro. Sabe aquele momento que você deita em uma rede, olha pro céu e ao observar uma nuvem pensa que não precisa se preocupar com nada? Férias são mágicas, como diria minha amiga Andressa, por isso. É bom levantar meio dia. Ler por prazer e não obrigação. Assistir três filmes por dia. Vegetar em cima da cama. Comer mil coisas sem pressa. Navegar na internet sem ter abas cotidianas abertas. Cochilar no meio da tarde. Todas essas coisas legais e não tão úteis. O incrível das férias é que podemos simplesmente respirar. Nada de aspirar preocupações e assoprar prazos. Férias é quando vamos dormir sem hora pra acordar e, principalmente, sem ter o que se estressar. Nas férias me sinto livre, mas no resto do ano me sinto útil. Querendo ou não, as duas coisas são importantes. Deve ser por isso minha paixão pela vida. Meu amor por cada hora das 24 que o dia possui.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Doce como o chocolate

Era pra ser uma segunda-feira normal. Daquelas irritantes costumeiras. Mas não, algo me deixava extremamente feliz. Nem mesmo os sintomas mensais que toda mulher tem, era capaz de me desanimar. Uma manhã gostosa onde quase chorei de rir na aula, com meus amados comunicadores. Uma tarde com uma das pessoas mais importantens pra mim, com direito a confissões, novidades e um morango com chocolate. Ai, chocolate... Já fazem dias que penso muito em chocolate. Talvez seja o clima, talvez a fase, mas talvez também seja, a doçura da minha situação atual, refletida em meu paladar. Me sinto doce, me sinto diferente, mas nunca estive tão feliz como agora.

sábado, 30 de junho de 2012

Quando um passado feliz é percebido


12h26min. Como em raras vezes, o ônibus chegava mais cedo. Quatro minutos antes do previsto e nove antes do normal. Peguei minha mala cor-de-rosa e entreguei pro cobrador que já nem me pergunta mais para onde vou. Afinal, já faz um ano e meio. Mala guardada, agora era só encarar uma pequena e lerda fila até a porta do ônibus. Desatenta em relação às coisas que me rodeavam, provavelmente pensando no final de semana, de repente minha atenção fixou-se na senhora de cabelo armado e sorriso largo que descia rápido demais do ônibus para ter a idade que eu acreditava que tinha. Os fios de seu cabelo loiro esbranquiçado contrastavam com sua roupa escura.
            Vi seus olhos brilharem ao encontrar algo na minha direção. Antes mesmo de eu conseguir virar para tentar descobrir mais um pouco a respeito daquela felicidade gostosa, uma pequena senhora de cabelos negros passou por mim. Seus passos curtos eram recompensados por uma rapidez tão adolescente que me confundia. Tenho certeza que se ela tivesse algo em mãos, teria atirado para qualquer lado ao encontrar a dona dos cabelos brancos e sorriso largo. As duas se abraçaram de um modo que eu, mesmo sem saber ao certo a ligação que possuem, sorrisse feito uma boba. Um abraço tão amigável, um sentimento de irmandade que poderia ser sentido até mesmo pelo coração mais frio e inconstante. 
            Enquanto a loira alta abraçava a morena baixa, fiquei as observando e quase como num filme, consegui imaginar as duas, cinquenta anos mais novas, se abraçando ao passarem no vestibular ou comemorando o aniversário de 15 anos. Sei lá, mesmo sem saber, eu sentia que aquelas duas idosas de almas tão jovens, viveram muito tempo juntas quando adolescentes. Podia perceber que aquele carinho perceptível era fruto de anos de convivência. As duas se conheciam de verdade. No sentido de saber tudo à respeito mesmo. Com certeza, cada uma delas sabe o primeiro amor que a outra teve. O primeiro beijo que levou e as lutas que passou naquela fase divertida e confusa que chamamos de adolescência.
            Aquela irmandade percebida, me fez pensar nas minhas amigas e no quanto as quero perto de mim no meu futuro. Quero ter ao meu lado, quando estiver judiada pelos anos, pessoas que saibam o que passei e me entendam como ninguém. É uma sensação rara perceber afetos que sobrevivem há uma vida toda.  E perceber isso, me dá ainda mais vontade de cuidar daqueles que tenho ao meu lado e guardo em meu coração.
            As duas ainda se abraçavam, balançando-se para os lados, quando escutei uma voz agradável pedir: “Sua passagem, moça”. Tirei os olhos da cena das amigas saudosas, e virei na direção de onde o som vinha. Enxerguei a pupila do senhor que me pedia o bilhete, segurado firmemente pelas minhas mãos. O entreguei, ele fez o que tinha que fazer, e disse: “Paraíso então... Vai com Deus, minha menina”. Eu agradeci e pedi em oração para que não apenas eu fosse com Deus, mas também ele, as senhoras que tiveram um passado feliz e todos aqueles que cuidam das relações do presente pensando nas mesmas no futuro.
            

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Voltarei


Uma disciplina chamada Jornalismo Impresso I. O motivo do meu desaparecimento daqui, meu amado blog. Uma agência experimental para futuros comunicadores: outro aspecto que me fez ignorar isso aqui. Mas hoje, quando percebo que estou em uma aula onde uma “festinha” irá ocorrer, percebo que as férias estão mais próximas do que eu imaginava.
            O vento norte bate nas folhas lá fora. Entre a voz grossa do professor concentrado nas fotos apresentadas e o discreto barulho dos alunos felizes ao perceber que sobreviveram há outro semestre, me percebo sorrindo – mesmo que a rinite provocada pelo clima esteja mais intensa do que o normal.
            Prometo me dedicar mais ao meu diário virtual. Assim como me sinto culpada por ter deixado livros “dormindo” enquanto lutava para viver em mais um semestre de Jornalismo, também me sinto mal quando percebo a escassez de postagens nesse blog.
            Férias, livros, textos, minha vida simples, quero vocês. E terei praticamente um mês para respirar meus gostos novamente.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pelas lentes fotográficas de Kelly Schott

Tô aqui pra fazer algo que quase nunca faço: falar de algo que amei sem ser uma coisa da televisão, um livro ou um texto bacana. Venho comentar sobre as fotos que fiz. A responsável pelos cliques? Kelly Schott, 19 anos, minha amiga desde 2008 e acadêmica do 3º semestre de fotografia. Sim, isso mesmo! Ela está no 3º semestre e já fotografa e edita muito bem. Eu, pelo menos, adorei o resultado.





Para quem tiver interesse, falem com ela pelo face (https://www.facebook.com/Kelly.K.Schott) ou pelo twitter @Schott_Kelly.

O trabalho da loira pode ser conferido pela página no facebook: https://www.facebook.com/kellyschottphoto

sábado, 5 de maio de 2012

Sei lá, porque

Na verdade, não sei sobre o que vim escrever aqui. É, isso mesmo. Não tenho nada em mente, nada planejado, nem uma ideia, mas me tenho. Quando se tem um blog, não é obrigatório possuir criatividade e inovação, o mais importante, pelo menos para mim, é escrever com o coração.
E meu coração me trouxe até aqui, pelo mesmo motivo de sempre. "Não consegue explicar o que sente? Escreva!", ele sussurra. Escrever me liberta, me esclarece, me dá vida!
São 2:39 da madrugada e meu diário virtual suplica por uma postagem. Olho para meus olhos pelo reflexo do espelho, e eles não me dizem nada, apenas me olham cuidadosamente. Viro e pressiono minha cabeça contra o travesseiro. Nada. Meu cérebro não teve consequências, nem nada. Resolva colocar a mão no coração. Uma, duas, três batidas rápidas e constantes. Tiro a mão do peito e escuto de algum lugar: "É isso mesmo, estou orgulhosa".
A dona daquela voz apenas me confirmou o que todos já sabem. Para a pior das dores, a mais complicada confusão e/ou simplesmente para desabafar - mesmo que por linhas tortas - escrever é o ideal.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Palavras me viciam


E isso é ótimo, vai dizer que não? Não me interesso por drogas, jogos de azar ou bebidas extremamentes fortes. O meu negócio é com as palavras.
Sabe quando se ama escrever, mas não se têm mais tempo para isso? Ou, na verdade, é uma fase em que prefiro ler a passar para uma folha em branco, uma infinidade de pensamentos soltos.
Fico, por horas, a ler Tati Bernardi, Caio Fernando de Abreu e derivados. Será que ando tão confusa que tentar me explicar seria complicado demais? Ler e se encontrar naqueles textos, é realmente mais fácil.
Sempre gostei de me justificar. Dizer “gosto de marshmallows com sorvete”, não é suficiente. Preciso gritar aos quatro ventos que gosto por “me sentir saboreando pedaços de nuvens com recheio da melhor sobremesa do Universo”. Não basta dizer que gosto, preciso contar o porquê. É por esses, e outros motivos que possuo um blog.
“Palavras, palavras, apenas palavras, pequenas palavras”. Preciso discordar da Cássia Eller. As palavras têm um poder enorme, por menores que sejam. Ou você se esqueceu que existe a palavra “fé”?
Quando se está triste, alegre, confuso, doente, hiperativo, dramático, sem noção. Não importa! Escrever, ler e se apaixonar por cada letra, por cada linha, é uma forma incrível de se auto-remediar.  

terça-feira, 3 de abril de 2012

Era uma vez uma culpa boa

Eu me sentia culpada. Como não se sentir? Há um mês e dois dias não entrava em contato com meu mundo online. Logo eu. Apaixonada por escrever, sempre deixei claro o quanto meu blog é especial. Em 2009 me apaixonei por meu diário virtual, pois é lá, ou melhor, aqui, o lugar onde posso ser apenas coração.

A vida é complicada e muitas vezes é preciso usar a razão. Mas como quem me conhece sabe, gosto de verdade, gosto de emoção, gosto de viver e seguir minha intuição. Porém penso: tenho um grande motivo por ter me afastado. E esse motivo é uma paixão ainda maior. Um amor chamado Jornalismo.

Entre disciplinas da Universidade, trabalhos na Agência, livros e claro, matérias, me divido em cinco. Multiplico-me. Não estou nesse sonho apenas por estar. Se Deus me deu a chance de cursar uma paixão cuidada por mim desde a infância, não sou doida de deixar tudo isso rolar sem ter vivido. E vivo. Seria sem nexo tentar explicar o inexplicável. Não sei dizer o quanto amo, só sei dizer eu te amo jornalismo.

Ter me afastado daqui me traz culpa, mas sei, de verdade: é uma culpa boa e sem fim.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Eu gosto de gente de verdade

A verdade sobre Renata! 
Faço dessas palavras, as minhas.

"E ela quis viver o que tinha vontade a ficar fazendo ceninha pra ficar bem pro público. Deixou claro que sabia das consequências, mas preferiu ser ela mesma, fazer o que faria aqui fora. E isso é o oposto de ser falsa.

Falso é quem não põe pra fora, Renata pode ser tudo, mas com certeza é a mais honesta consigo mesma, faz o que bem entende sem medo dos julgamentos.
Sabe que será julgada e mostra-se pouco preocupada....

Acontece que muitas vezes não há como olhar para trás sem questionamentos, ou você irá se arrepender de algo que fez, ou de algo que deixou de fazer, ela escolheu fazer e acontecer sem deixar espaço para arrependimentos.

Dizer que concordamos com todas as suas atitudes? Não, mas os erros humanizam, não lhe tiram o título de princesa, pelo contrário, apenas acentuam, é chato o previsível, bacana é ser uma caixinha de surpresas ambulante. Você sabe o que esperar dela?

"Amar, mas amar mesmo de paixão, eu amo Renatcheeenha. Esse mundo pode ser mesmo como dizia a canção do James Brown, a Man's World: O mundo dos Homens... Mas são mulheeeres... Que movem o mundo! Mulheres que são assim como você, Renata Dávila!" (Pedro Bial)


Aos Falsos Moralistas, aquele abraço..."



Eu prefiro torcer pra quem é cheio de defeitos, do que para falsos que tentam agradar.
Desculpa sociedade, mas para mim.. é Renatcheeenha e Fael na final!


Fonte: embaixodoedredom.com

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Nada de magia

 Sou uma pessoa bastante confusa. Mas qual é a novidade nessa frase? O fato de ser tão previsível me faz alguém fácil de compreender, de ler, de identificar e até mesmo de enganar. Ok, enganar nem tanto mais, pois sofrer me ajudou a criar uma rede de proteção que detecta mentiras, falsidades e príncipes desencantados.
E por falar neles, qual o sentido da gente acreditar desde sempre na existência de caras que vão te fazer a pessoa mais feliz? De verdade, não espero mais nada. Já tenho pessoas que me fazem a garota mais contente da face da terra. E essas pessoas são minha família e meus amigos, aos quais também chamo de família.
Garota, ele te abandonou? Azar! Sim, azar! Se ele teve coragem de perder uma garota incrível como você, não merece tuas lágrimas.
Ele te traiu? Levante a cabeça, pois o melhor é não vê-lo e com a cabeça para o alto você nunca mais o verá, pois pessoas como ele estão abaixo dos teus pés.
E aí? Ele está inseguro e pediu um tempo? Dê um tempo, o tempo do infinito. Se ele tem dúvidas é porque é idiota demais para aguentar um relacionamento sério.
Vai chorar? Chore! Mas depois disso vá para frente do espelho, te valorize, coloque seu perfume favorito, passe um rímel, um batom e se ame. Não há amor mais fiel do que o amor próprio.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BBB Doideira

Enfim, Big Brother Brasil 12 nem começou, e já teve duas desistências. E como sou muito “sortuda”, o primeiro a abandonar o barco foi o que menos tinha gostado e a segunda, a que mais me parecia legal.
Netinho e Fernanda, alegria ou pena?

Ronaldo entrou no lugar de Netinho, e com certeza, foi uma ótima troca. Netinho não parecia que iria acrescentar algo bacana ao programa. Já Ronaldo parece ser divertido, engraçado e que vai agitar nas festas. A figura que faltava.

Agora a troca de Fernanda por Fabiana, não sei não. É uma pena Fernanda ter desistido. Sei que ela não seria a mocinha que gosto de torcer, afinal, fiz a primeira impressão sem ter visto a chamada dela. Depois disso percebi que ela não era como eu pensava, mas que era essencial ao jogo. Sobre Fabiana não sei o que dizer, parece querer chamar a atenção demais, e eu não gosto disso.

Mas é isso aí, BBB começa hoje e torcemos para que Tio Bones coloque mais alguns participantes para dentro do jogo.

PS: Preciso perceber que BBB12 tenha mais pessoas do que essas 12, vou enlouquecer.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Lendo sobre si mesma, sem ter escrito

Sabe quando lemos uma coisa e parece que foi feita, especialmente, para si? Pois é, foi isso que senti. Bom, mas o que esperar de Caio Fernando de Abreu? Ele entende a alma feminina de maneira extraordinária.


“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo. Se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. 
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

Caio Fernando de Abreu

domingo, 8 de janeiro de 2012

Querido destino

Antes eu me culpava, ficava pensando no que poderia ter sido, culpando o destino e tentando encontrar uma resposta que me fizesse compreender todos os porquês da minha vida. Mas então, me pego pensando “o que eu seria se tivesse dado certo”. Não, isso não é uma forma de aliviar minha dor, até porque ela está quase curada. Falo isso porque sei que se as coisas tivessem tomado o rumo esperado, hoje não seria quem sou. Pois esse ano foi fundamental para mim. Aprendi a me virar sozinha, abri meus olhos quanto a pessoas não confiáveis, cai, aprendi, sai muito, conheci novas pessoas, deixei de ter melhores amigos pra passar a ter irmãos, dancei, ri, extrapolei, fui a Luiza que eu gosto de ser. Com certeza não seria divertida e hiperativa se tivesse dado certo. E eu gosto das coisas como elas estão. Por isso que me dei conta: a questão não é o que seria, e sim o que evitei de perder!
Agora te entendo, querido destino!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Julgando sem conhecer (BBB12)

Como os leitores de mais anos sabem, faço a cada edição uma avaliação prévia dos participantes do Big Brother Brasil. A partir do momento que suas fotos são jogadas na internet, avalio-as e escrevo sobre o que achei de cada um, assim, de primeira impressão.
Então, como de costume...


Fernanda: Sabe que toda vez, passo o olho nas fotos de todos e pluft!, encontro alguém que pareça ser uma das melhores pessoas entre todos. Foi isso com Talula, Fernanda Cardoso, Ana Madeira... E isso aconteceu novamente com a empresária carioca Fernanda de 29 anos que me pareceu ser uma pessoa tranquila, amiga e de bem com a vida. E olha o nome! Será que minha preferida vai ser, mais uma vez, uma Fernanda como aconteceu no BBB 10?

Jakeline: Essa estudante de zootecnia me arrancou risos só de olhar pro rosto dela. Será que estou certa? Talvez não, mas que aparenta ser muito engraçada, ah, isso parece. Bom, mas olha de onde essa moça de 22 anos é, Bahia! Tem tudo para essa previsão dar certo.

João Carvalho: Se ele tivesse sorrindo na foto, ia jurar que ele é uma pessoa super engraçada, pra não dizer substituto de Dicésar (risos). Não sei porque mas olho pra ele e vejo um cabeleireiro. Brincadeiras a parte, afinal ele não está sorrindo na foto.. Estando assim, me parece bravo, um homem de 48 anos, muito bravo..

João Mauricio: Não gostei. Sei lá, tem cara de metido e meio sem noção. Lembra do Eliéser? Pois é, me lembra ele, e isso não é legal. O pecuarista, 24, não tem nada que desperte minha torcida, mas quando vê ele cale minha opinião ao se mostrar diferente.

Jonas: Ah, Jonas... Lindo, charmoso e o melhor, gaúcho! Até que enfim, meu Deus. Minha torcida antecipada e de primeira impressão vai pra ele, junto com a Fernanda.

Kelly: A Assistente comercial de 28 anos, não me chamou atenção. Não parece ser alguém animada, me parece reservada, na dela. Não sei nem o que falar, não consegui a identificar antecipadamente.

Laisa: Estudante de Medicina, 23, gaúcha. Por mais que seja do Sul, também parece sem graça, mas acredito que seja uma boa pessoa. Talvez se torne amiga da Kelly, não sei por que acredito nisso, sei lá, a estranha aqui, na verdade, sou eu.

Mayara: Personalidade! Assim posso descrever a Arte Educadora paulistana de 23 anos. Vai falar o que vier na cabeça, não se deixará manipular e irá longe nessa edição.

Netinho: Advogado, 28 anos e com uma cara de intelectual! Vai conversar bonito com o Bial nas noites de terça-feira, mas não muitas vezes, acho que ele não vai longe!

Rafa: Sei lá, tem um jeito de olhar... estranho. Me lembra psicopatas, assassinos e aqueles caras dos filmes de suspense que matam garotinhas. Calma aí, sei que ele não entraria no programa se fosse assim (risos). Mas que eu não gostei dele, é verdade.

Renata: Gostei de você menina! Estuda psicologia, deve ser calma, sensata, inteligente. Por mim vai longe.. Boa Sorte!

Yuri: Professor Muay Thai, ual! Parece ser uma pessoa legal, conselheiro, que vai se juntar com o Jonas, se tornarem amigos e irem juntos para a reta final. Olha eu aqui de novo, imaginando demais!

Bom, era isso galerinha! Vamos esperar dia 10 e começar a observar para depois ver se eu acertei alguma coisa.