Hoje caminhei por uma estrada cheia de pedras. E isso não
foi uma coisa ruim. Pelo contrário, cada vez que percorro esse caminho, me
sinto eu. De verdade. Como criança, como alguém livre e acostumada. Esse lugar
é onde cresci, onde vivi, onde ainda moro. Às vezes. E, por mais que não seja
sempre, é aqui que me sinto em casa. Minha casa, meu interior. Nada de barulho,
nem de confusão. Olhar para trás ao escutar um barulho de carro é apenas um
gesto de curiosidade, não de cuidado. A tranquilidade de me sentir segura é uma
das maiores riquezas que tenho aqui. Ouvir o canto dos pássaros. Sentir o sol
por entre as árvores. Árvores, natureza. Nada de calçadas que puxam os raios
solares que chegam rapidamente, ignorando a camada protetora que deixou de nos
cobrir. Pedras, terra e grama. Odeio o cinza das cidades grandes. Mas, preciso suportar.
Por mais que ame o rural, é no urbano que terei de viver. É lá que fica a maior
parte das notícias. É lá que vou precisar estar. Morar. Viver. Mas, às vezes. Porque
sempre vou querer fugir para esse meu cantinho, onde não se tem shoppings, mas,
se tem ar puro. O ar que eu quero. O ar que preciso. Cinza é a cor da destruição, verde me lembra esperança. E é de esperança que o mundo sobrevive.
Depois
-
Eu te vi esses dias. Muitos anos depois da gente, eu te vi passando numa
manhã fria demais em um julho desses que fazem a gente não querer sair da
cama ant...
Há 7 anos
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