sábado, 31 de dezembro de 2011

tempo, tempo, tempo, tempo ♫

''O amor calcula as horas por meses e os dias por anos, por isso que a cada pequena ausência é uma eternidade.'' Essa frase de John Dryden já significou muito para mim. Há um ano atrás eu estava contando os dias, as horas, não apenas para uma virada de ano e sim para uma transformação na minha vida. E minha vida mudou mesmo, mas não totalmente como eu pensava. A única coisa que tenho certeza é que tudo que aconteceu me modificou de uma maneira, me fez mais forte, mais segura e mais independente.  É impressionante, até mesmo as coisas que não dão certo, contribuem para alguma coisa!

Seja muito bem vindo 2012

Mais um ano termina. Um ano que, com certeza, marcou cada um de determinada maneira. Independente de que formas as coisas aconteceram, quais emoções viveram e por quais caminhos percorreram, todo ano quando chega ao final é motivo para comemorarmos. Afinal, estamos vivos e é isso que importa. Somos capazes de fazer com que os próximos 12 meses, chamados 2012, sejam aptos para superar os que passaram. Faça a vida valer a pena, feche os olhos e pense em todos momentos felizes proporcionados por 2011.
E quando chegar a meia noite, olhe para o céu e grite: ME FAÇA FELIZ 2012
Acredite nisso, acredite no poder do pensamento positivo, você é o que você sonha, essa é a verdadeira colocação.
Um beijo no coração de cada um e FELIZ ANO NOVO :)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O tempo passa muito rápido

Parece ontem. De verdade sinto como se aquela sensação, o frio na barriga, e a curiosidade sobre o primeiro dia de aula em uma universidade, estivesse ainda presente no meu corpo. E agora, um ano se passou. Um ano que me fez perceber o quanto sempre estive certa sobre o futuro que desejei. Foram experiências na qual me peguei pensando, “realmente é perfeito para mim”. Perfeito porque, estudar jornalismo é uma tarefa mais do que prazerosa, já que sou perdidamente apaixonada por escrever.
Mas uma coisa legal em tudo isso, é que me descobri em mais atividades. Percebi que gosto de ser voluntária e notei que me identifico com essa história de ajudar idosos, afinal, graças a eles que o presente existe. Descobri também que gosto de rádio. Sempre disse que minha área era apenas escrever, criar matérias e o resto seria consequência, mas agora sei que posso ser o que quiser, só depende de mim. Além de me apaixonar ainda mais pelo que já tinha certeza que amava, me vi apreciando coisas que pensava não me identificar.
E as coisas que aprendi sobre ser repórter? Isso me fez viciar sobre esse tal jornalismo. Acho incrível ter que correr para a rua em busca de notícias. É lá que as informações andam, os fatos acontecem e as pessoas circulam. E através dessas pessoas e suas histórias, um mundo novo é possível encontrar. Meu Deus olhe para mim! Estou completamente apaixonada por tudo isso. E isso é maravilhoso.
Além disso, fiz amizades. É tão bom saber que nossa turma, uma junção de futuros jornalistas e publicitários em construção, é, praticamente, uma família. Tenho muito orgulho de ter conhecido todos eles. Sair de casa, como fiz, para realizar esse sonho, foi bastante difícil. Afinal, sou muito ligada a minha família, sou carente e gosto de ter quem eu amo do meu lado. Então, agradeço a Deus por minha turma ser mais do que vários colegas reunidos, e sim irmãos com diferentes mães, mas que se identificam e gostam um do outro.
Conheci também as meninas da pensão, outra família construída. É, acho que devo agradecer muito mesmo, pois nada melhor para uma pessoa tão carente como eu, do que ter várias famílias.
Aprendi muito esse ano, cresci em mente e em corpo. Errei e caí, mas levantei. Me tornei independente de certas coisas e hoje tenho muito mais pessoas confiáveis ao meu lado. Sei diferenciar o essencial do insignificante, embora às vezes, caia em tentação. Sou mais forte e aguento bem mais coisas. Aprendi a ignorar o que me faz mal e fiz amizades que me ajudam nesse processo.
O mais importante de tudo isso é que hoje sou mais feliz. Embora morra de saudades de tudo que vivi ano passado com minha 301, sei que agora é o momento em que tudo está se ajeitando, com dificuldades às vezes, mas está. E isso, ah, isso é algo muito bom!
Não tenho medo do futuro, quero lutar por meus sonhos cada vez mais, e isso não há ninguém que possa me impedir.
Para acabar esse texto que poderia continuar por páginas e páginas, faço o melhor que posso fazer: Agradeço a todos que fizeram de 2011, o melhor ano da minha vida.

sábado, 26 de novembro de 2011

Quando o ódio vira amor


Não sei quando e nem como, fui me apaixonar. Logo eu que estava cansada e protegida por um sistema que não me deixava envolver por ninguém, nenhum cara, nada de amor. O problema de criar regras é perceber que o destino faz o que quiser, por isso, estar preparada é sempre a melhor alternativa.
Escrevo nesse diário antigo, a história da minha vida em quinze dias. Duas semanas que mudaram completamente o rumo da trajetória pensada para mim.

Era verão de 2011, mais precisamente, janeiro. Meu pai que há anos não morava mais comigo e mamãe, me ligou pedindo que fosse passar uma semana na casa onde ele agora morava. O motivo de tal proposta era simples, mas irrecusável: a “minha querida” madrasta tinha ido viajar para cuidar da filha que estava em trabalho de parto. Aceitei não apenas por saber que meu pai necessitava de alguém para ele conseguir manter-se vivo durantes aqueles dias, mas também por aproveitar e matar a saudade incontrolável que sentia.
O difícil foi avisar minha mãe. Para ela, ver meu pai é quase tão pecador como ofender uma mosca. Defensora dos animais, Dona Marina não é uma mulher fácil. Às vezes penso que meu pai saiu de casa por não conseguir entender seu jeito intenso, até mesmo exagerado, de ver as coisas. Embora conhecesse mais do que ninguém esses defeitos que ela mantém, sou a pessoa que mais ama aquela mulher em todo mundo. Por amar tanto assim, decidi ser direta e falar logo, para acabar de vez com essa tarefa nada fácil. Afinal, achar desagradável minha atitude, ela acharia de qualquer jeito.
- Mãe, porque você está limpando tanto esse tapete? – perguntei curiosa.
- Seu tio Roby vai me trazer o Forte. – respondeu quase me ignorando.
- Forte? – questionei.
- O poodle que ele ganhou em uma rifa. Vou cuidar dele já que seu tio não tem consideração alguma por animais – gritou furiosa com a atitude do irmão mais velho.
Essa não era a hora certa para pedir algo tão importante, mas conclui que esperar não iria adiantar nada.
- É, mãe, eu po-posso passar duas semanas em São José com papai? – gaguejei
 Ela parou tudo que estava fazendo e me olhou seriamente. Por mais que ela odiasse a ideia, ela não podia me impedir de visitar meu pai. Então, ela apenas disse:
- Por favor, apenas duas semanas.
  A viagem para casa do meu pai foi como sempre, assustadora. Talvez o receio que sempre tive em andar de avião me fazia imaginar que não chegaria, nem por um golpe de sorte, em um local onde tivesse que ir sem me sentir segura, em terra firme. São José, Costa Rica era meu destino. Sair do Rio Grande do Sul para ir até lá, precisava de no mínimo muita coragem, pelo menos para mim.
  Meu pai desde que se separou de minha mãe tinha conseguido mais dinheiro do que eu imaginava. Sua vida, regada de luxos, não tinha comparação à vida simples que nos levávamos no sul do Brasil. Ele e Verônica, a mulher pela qual ele abandonou nossa família, abriram um negócio de exportação de produtos eletrônicos. O destino fez com que os dois tivessem sorte na capital de Costa Rica e lá ficaram até hoje.
 Cheguei ao Aeroporto Internacional Juan Santamaría às quatorze horas e não encontrava meu pai. Já eram dezesseis horas e nada. Comecei a ficar nervosa, o celular que serviu para escutar músicas e mais músicas durante a viagem, a fim de fazer com que esquecesse que estava a mais de 10 mil metros da terra, terminou a bateria me deixando incomunicável. Só me restava esperar.
   Sempre odiei esperar. Será que era tão difícil chegar na hora? Estava cansada, com sono e ainda um pouco enjoada devido ao nervosismo que fiquei.            Foi quando, de repente, avistei o Chevrolet Camaro de meu pai vindo em direção ao banco desconfortável no qual estava sentada. Irritada, levantei e sem olhar direito para o interior do carro, ajeitei minha bolsa que enganchou no espelho. Enquanto tentava sair daquela situação, aproveitei para ir tirando satisfações com papai, como uma boa e fiel escorpiana que perde paciência muito fácil.
- Sabia que estou com fome, sede, sono e prestes a estourar de dor de cabeça. É assim que tu me retribuis por te amar tanto? – gritei
- Olha, na verdade eu não sabia que você me amava, mas sabe que não é uma má ideia. – uma voz grossa e irônica me respondeu.
 Olhei para dentro do carro e percebi que não era meu pai na direção, nem no banco de trás, nem em lugar algum. A única pessoa no carro, a dona daquela voz irritante, estava agora rindo de mim. Poderia ter perguntado logo quem era, mas estava tão impulsiva que só consegui gritar:
- Cadê meu pai? Ele sabe que estou esperando aqui há mais de duas horas? Fala logo!
 O riso debochado e ao mesmo tempo sarcástico daquele brutamonte que se encontrava no carro do meu pai, dirigindo o Camaro tão amado por ele, conseguiu me fazer parar de gritar e apenas virar as costas.
- O que houve garotinha? Calma, entre no carro que te explico tudo – ele falou pausadamente.
- Garotinha? Tu não sabes nada sobre mim! Não tem direito de tirar conclusões.
- Realmente, seu pai estava certo. Você é mais difícil do que aparenta.
- Então você e meu pai andam falando de mim? Já sei. Você é um espião? Um segurança idiota que vai tentar me controlar? Nossa, meu pai me surpreende.
- Calma aí garotinha – falou em meio a risos – Sou apenas o motorista do Dr. Gustavo.
- Eu já disse pra não me chamar de garotinha, tenho dezessete anos. Posso não ser tão velha como você, mas estou longe de ser considerada uma menina. – falei duvidando de mim mesma.
 Podia ter dezessete anos, porém, tinha tremido por andar de avião, ficado sem paciência por ter que esperar e ainda quase chorado de raiva por não saber o que se passava na cabeça do meu pai em me deixar, abandonada, naquele aeroporto. Atitudes de criança. Eu tinha consciência disso, mas aquele idiota não tinha o direito de ficar brincando com alguém que ele mal conhecia.
- Vinte e oito. Apenas vinte e oito – ele disse
- O que? Tu estás doido?
- Tenho vinte e oito anos, sou novo. Você me chama de velho para poder dizer que ter dezessete anos é como ser uma adulta responsável.
- Tu és ridículo!
- E você fica linda falando “tu”.
 Aquilo foi o máximo que meu estresse poderia aguentar. Dei de costas e saí caminhando rapidamente para qualquer lugar, desde que fosse longe daquele, daquele! Não tinha palavras pra demonstrar o quanto ele me irritou.
- Ei, espere aí! – falou enquanto eu sentia passos atrás de mim.
  Ele me segurou pelo braço e gritou:
- Vim aqui te buscar, estou tentando levar você para casa e é assim que age comigo? Venha, entre no carro que seu pai precisa falar contigo quando chegarmos em casa.
- Ta, mas larga meu braço.
- Tudo bem, mas depois não reclama quando te chamar de criança novamente.
- Ah, eu te ..
- Amo. Já sei. Você já me disse isso. Aliás, foi bem rápido. Não acha que apressou as coisas?
- Engraçadinho – sussurrei sem vontade.
- Vamos lá lindinha, agradeça a Deus por eu existir.
Entrei no carro e fiquei em silêncio até que ele rompeu a quietude estabelecida por mim.
- A propósito, sou Bill.
- Marília, respondi friamente.
  Chegamos à casa do meu pai e eu fui logo perguntando:
- Por que o senhor não foi me buscar? Ou melhor, porque mandou aquele idiota?
- Também senti saudades querida. Bill é meu motorista e é um cara responsável e competente.
- Acho que o senhor não sabe o empregado que tem!
- Eu disse que estava com saudades filha.
- Desculpe, eu também estou com saudades, muitas saudades. Mas é que fiquei muito irritada, perdão.
 Meu pai sempre foi assim, amoroso e sério ao mesmo tempo. Carregamos minhas coisas para dentro do quarto onde iria ficar.
 Passei a noite toda pensando naquele estúpido, projeto de humorista, irritante e idiota. O que eu tinha de errado? Não deveria lembrar nem mais o nome de um guri assim. Ai, guri! Se ele ouvisse garanto que iria gozar do meu sotaque gaúcho. Idiota, idiota. Não conseguia imaginar outra definição melhor e assim adormeci.
 Fui acordada por Judite, empregada na casa.  Ela me disse que eu deveria levantar rápido e fazer as malas. Perguntei o que tinha acontecido:
- Seu pai teve que ir para Sidnei. A filha da Dona Verônica ganhou gêmeos e como o marido dela é de uma família que gosta de comemorar todos os presentes que a vida os oferece, vão fazer uma comemoração por essa graça enviada.
- Sidnei, Sidnei? Sidnei na Austrália?
- Sim, Marília.
- Espera aí. Meu pai saiu no meio da noite para ir à outro continente, logo no dia que cheguei aqui? E nem me avisa? Não posso acreditar.
- Querida, ele já deixou tudo preparado. Você vai agora meio dia com o monomotor particular dele. Arrume-se e vá. Não dê motivos para ele ficar triste, por favor, ele te ama.
- Está bem, mas e minha mãe? Ela nunca vai permitir.
- É aí que você se engana Marília. Seu pai ligou para sua mãe, explicou a situação e ela permitiu. Com um pouco de custo, é claro, mas conseguiu.
 A primeira coisa que me veio à cabeça foi “onde minha mãe está com a cabeça em me deixar ir justamente para onde não quero?”. E a segunda foi: “Forte. É claro. O cãozinho deve estar fazendo ela muito feliz, só pode”.
Peguei minha mala sem ainda conseguir acreditar no que iria fazer. Viajar para a Austrália. Já achava longe Costa Rica, me dava dor no estômago apenas em pensar. Mas pensei no que Judite tinha dito. Ela estava certa, eu não podia ser má com meu pai. Se para ele era importante, pra mim também teria que ser.
Depois de tudo pronto, peguei a mala e fui até onde Judite me orientou que o jato estaria. Não queria admitir, mas tremia como de costume, apenas ao pensar em sair da terra firme.
Cheguei ao jato e não queria acreditar no que via. Não, não seria possível. Bill estava lá, sentado onde algum piloto de verdade estaria, vestindo uma roupa preta, óculos escuros e usando aqueles enormes fones. O barulho do avião já ecoava, portanto, ele precisava gritar para que eu conseguisse escutar.
Mas como se manter calma quando alguém que mesmo falando calmamente te irrita, sorri como se te ver fosse a coisa mais divertida do dia e perceber que justamente essa pessoa, será a responsável por uma das missões mais difíceis. Voar era algo tenebroso, ainda mais voar com Bill. Não, não, eu deveria estar sonhando, relutando contra o pesadelo. Não pode ser verdade, por favor, meu Deus.
- E aí garotinha? Pronta para voar?
- Não, quer dizer, sim. Mas nunca com você.
- Tudo bem, você pode pegar a barca e ir remando. Então, a gente se encontra lá.
- Para. Eu não tenho problema nenhum com aviões, eu só não quero voar com você. Ainda mais sozinha.
- Olha meu amor, juro que vou me comportar. Agora, entre aqui! O céu está ficando nublado, vamos passar o oceano antes que fique mais escuro ainda.
- Não vou!
- Estamos sem tempo, lindinha. Entre logo e não reclame.
 Entrei naquele monomotor sem nem olhar para o rosto de Bill. Não queria ir, de maneira alguma, com ele, mas infelizmente não tinha escolha. Bendita hora em que minha mãe resolveu me deixar viajar para outro continente. Essa realmente não era minha viagem dos sonhos. Viajar para Austrália para presenciar meu pai comemorando o nascimento dos “netos” gêmeos, filhos de uma garota que jamais o amaria como eu amo, não era um passeio legal. E ir até lá, com o cara que me tira do sério se sentindo o piloto mais perfeito do mundo, definitivamente, não era o melhor meio para viajar.
- Coloque o cinto e o fone mocinha, vamos voar!
Aquela expressão fez gelar meu coração. O medo que sentia era maior do que qualquer outro.  Não queria atravessar o oceano com Bill. Como iria saber se ele era ou não, um bom piloto? Como saberia se esse monomotor conseguiria atravessar o pacífico? Deus que nos ajudasse.
- Marília?
- O que?
- Ei, você está tensa. Melhore este rosto, sou piloto profissional. Trabalhei na Aeronáutica Brasileira durante cinco anos.
- Está explicado o porquê de falar tão bem português – respondi.
- Minha mãe é brasileira, fiquei com ela no Brasil até conseguir esse emprego com seu pai. Pode parecer simples o que faço, mas consigo mais dinheiro aqui.
Fiquei em silêncio, sem saber ao certo o que falar. Por que ele resolveu me contar sobre sua vida? Eu não precisava saber nada disso, só queria chegar logo.
- Eu amo aquela mulher. Pena que não mantemos mais contato.
Não quis perguntar o motivo, mesmo que estivesse louca de curiosidade. Então, ele agora tinha se tornado emotivo e sensível, que boa hora para ficar com pena dele.
O silêncio que se estabeleceu entre a gente depois disso, não durou muito tempo. O monomotor começou a fazer um barulho estranho, enfraquecendo-se devagar.
- O que houve? – gritei
- Estamos caindo!
- E tu falas assim, como se fosse algo simples! Estamos no meio do pacífico, Bill!
- Eu sei Marília, vou tentar pousar – falou calmamente.
- Pousar? Tu estas louco? Por acaso quer que uma pista apareça no meio do mar?
- Olha para lá, está vendo aquele ponto?
- Onde? – perguntei irritada
- Alí, preste atenção.
            Ele puxou minha mão e apontou para baixo.
- Aquele ponto. É ali que vamos pousar, fique calma, acabou o combustível, é só isso.
Comecei a chorar, era só isso que poderia fazer em um momento desses. Estava chocada! Sempre odiei aviões, helicópteros e agora odiava ainda mais aquele monomotor. Sem falar no Bill, ele parecia tão tranquilo. Isso era impossível em uma situação daquelas. A calma dele me fazia o tolerar ainda menos.
O avião começou a aumentar a velocidade. Agora sim sabia que tudo era verdade.     Bill pousou sobre aquela ilha à qual, minutos antes, ele chamava de ponto.
O pouso forçado fez com que o avião se balançasse em um ritmo assustador. Fechei os olhos e quando percebi minha mão sendo apertada firmemente por outra grande e forte. Quem ele pensava que era? Já não chega ter me convencido a entrar nessa coisa chamada monomotor, agora tinha a audácia de tocar em mim. Mas o medo foi mais forte que meu orgulho, me fazendo apertar ainda mais sua mão com a vontade de ao fechar os olhos voar para o sul do Brasil e dar um abraço em minha mãe.
Pousamos. O avião bateu contra uma árvore, amortecendo a rapidez da queda. Bati minha cabeça e vi Bill soltando se da poltrona e segurando meu rosto. Foi a última lembrança que tenho antes de acordar, quarenta e oito horas depois da queda.
 Abri meus olhos e a primeira coisa que enxerguei foi o sol. Ele brilhava forte e o calor era grande. Olhei para o lado e avistei um lago, um coqueiro e muita areia. Estava confusa e não sabia o que pensar. Foi quando o vi.
Bill estava sem camisa, sentado em uma pedra e selecionando folhas em uma pilha que se encontrava aos seus pés. Observando comecei a lembrar de tudo. Não acreditava em tudo que minha memória me passava.
- Bill, porque ainda estamos aqui? Quero ir embora, porque tu me esperaste dormir para depois pensarmos em um modo de sair daqui?
- Talvez por não ter uma solução para isso acontecer – afirmou.
- Como assim, podemos fazer o avião voar de novo.
- Você está louca? Olhe para trás.
Virei e percebi o estado que a queda deixou o monomotor. Não teria condições, realmente, de fazê-lo ir aos céus novamente.
- E celular? Vamos ligar – questionei
- O meu acabou a bateria e o seu está sem sinal.
- Então tu andaste olhando meu celular, não é mesmo? Só basta eu dormir por alguns minutos que já se apropria das coisas alheias.
- Foram dois dias.
- O que?
- Você dormiu por dois dias. Coma algo, deve estar faminta.
Ainda perplexa, pensei em como pude dormir por tanto tempo. Ao observar a minha volta percebi que foi tempo suficiente para Bill montar uma cabana com folhas de bananeira, pescar alguns peixes e ainda cuidar a hora que eu acordaria. Isso tudo não parecia ser verdade. Tinha muito mais jeito de filme ou história fictícia de um livro. Mas não, estava mesmo acontecendo comigo, e o pior de tudo: tinha Bill no meio disso.
Por algum motivo intenso e sem explicação certa, eu o odiava. Odiava tanto Bill que me senti falsa em ficar agradecida por tudo que ele estava fazendo. Só que isso, ele jamais ficaria sabendo.
- Garotinha, vem cá me ajudar com essas folhas.
- Vou fingir não ter ouvido isso – retruquei.
Assim passaram-se dez dias. Há doze estávamos lá, apesar de não lembrar nada dos dois primeiros. Minha relação com Bill se baseava em ódio e compaixão. Na maioria das vezes me via discutindo e discordando de tudo que aquele homem dizia. Mas isso era inútil. Se eu, escorpiana, me achava teimosa, ele deveria ser escorpião, com ascendente no mesmo signo. Como pode alguém ser minha versão exageradamente mais irritante?
Bill conseguia me provocar de uma maneira absurda. Ele irritava pelo simples fato de respirar. Se eu tentasse pegar um coco no alto do coqueiro e não conseguisse, ele não era capaz de me ajudar, sem antes dar várias gargalhadas. Ao tomar banho era a mesma coisa. Ele ria ao dizer que estava vendo tudo ou que iria se apressar para entrar no lago também. Por falar em lago, agradeço por ele existir. Bill avisou que a ilha onde pousamos se chama Tofua, é deserta, vulcânica e se localiza no meio do Pacífico.
Os dias passavam devagar. Ficar em uma ilha deserta, sem meio de comunicação, com a pessoa mais irritante, não era nada legal. Por isso tentávamos de tudo. Pensamos em construir um barco, mas tínhamos noção de que só uma grande e segura barca seria capaz de atravessar metade do Pacífico.
Foi por isso que começamos, aos poucos, tentar entender. Só restava esperar alguém nos achar. Estávamos sobrevivendo bem. Tofua é uma ilha tropical, com frutas e embora seja vulcânica, não há tantos riscos assim.  O único problema em ficar lá, era aguentar Bill e suas graçinhas.
Certo dia ele me parou após um banho no lago e disse que eu deveria ser mais normal. Não poderia ficar me escondendo dele já que tínhamos um relacionamento.
- É para rir, não é mesmo? – respondi
- Claro que não! Entramos juntos nisso aqui, temos que ficar unidos. E eu vejo o quanto você me olha durante o dia, fingindo não saber sobre meu olhar atento na situação. Admite vai, fala logo o quanto está apaixonada e enlouquecidamente encantada por mim.
- Tu és maluco.
- Sim, sou maluco, doido e como você sempre fala, idiota. Porque só um idiota seria capaz de amar a garota mais insuportável da face da Terra.
- Cala a boca – gritei
- Eu digo que estou apaixonado por ti e você me manda calar a boca? Você é surda?
Sai correndo para a beirada do oceano, com vontade de ir nadando até o Brasil. Mas como, ainda, estou com a cabeça no lugar, não fiz isso. Foi quando senti alguém me segurar pela cintura. O peso do corpo dele me fez cair sobre a areia. Ele segurava meus braços, enquanto eu relutava contra. E então, me percebi entrelaçada pelo corpo dele, sentindo-me presa em um sentimento que se dividia em amor e ódio. Aquele clichê da ideia ”entre tapas e beijos”.
Então, depois de nos encararmos diante da situação que nos encontrava, ele aproximou o rosto, segurou meu queixo e me xingou.
- Sua boba! Quem diria que estaríamos aqui, juntos e sem rumo?
- Não sei, só quero ir embora e me livrar de vez de ti.
- Tem certeza? – me calou com um beijo.
Beijar o homem que eu odiava não era algo normal. A explosão de sentimentos me invadiu por inteira. Fiquei com raiva de mim mesma por sentir o que senti.
Foram três dias de amor. Quando se completou 15 dias que estávamos lá, percebemos que o ódio por alguém, é sim uma emoção apaixonada. Se desde o início apenas ignorasse ele, seria porque ele não tinha importância alguma. Mas o fato de ele mexer comigo, me provocar, despertou em mim a última emoção que poderia imaginar em sentir: o amor.
Era difícil admitir isso, mas estávamos, aparentemente, apaixonados.
No mesmo dia, ao final da tarde, avistamos um grande barco vindo em nossa direção. Rezamos para que nos visse e pudéssemos voltar para um local que não seja um circulo de terra e mato, no meio do oceano.
A embarcação parou na costa da ilha e juntos corremos felizes em busca de socorro. “Deve ser meu pai”, pensei. Ao chegar perto, não vimos o que esperávamos. Dois caras encapuzados, com armas estavam no lugar onde deveria existir minha família, preocupados com nós e feliz por nos encontrar.
Bill apenas gritou: Corre! E eu corri para trás de uma planta. Minha mãe sempre dizia que quando me sentisse em perigo pensaria muito neles. É verdade! Eles foram o meu principal pensamento naquela hora. Meus pais são tudo para mim e vou amá-los para todo o sempre.
Meu piloto desastrado e ser humano hiperativo, tinha acabado de me fazer apaixonar e não seria agora que alguém estragaria essa alegria.
Enquanto Bill brigava com os homens mascarados, encontrei uma taboa que iria ajudar. Treinei uma vez no tronco de uma árvore e fui direto ao alvo. Bati com força na cabeça do bandido, que desmaiou inconsciente.
Fiquei com pena do desgraçado até que lembrei que estava disposta a vencer a situação e começar uma nova vida. Uma vida com Bill. Então, depois, com toda força que pude, bati no outro, que desabou no chão.
Estávamos livres. Livres para viver um grande amor. Embarcamos no barco que nossos “queridos amigos” bandidos deixaram de presente e estávamos prontos para partir, até que o mais estranho, para duas pessoas capazes de se matar a três dias atrás, acontece. Bill olha para mim e diz:
- Marília, eu te amo.
- Graças a Deus! Afinal, estou cansada de ser tratada como criança.
- Sim, eu te entendo, garotinha.
- Que bom que tu sabes pirralho!
Rimos juntos sobre tudo. Agora, me sentia uma nova mulher. Decidida, forte e impulsiva.  Então é isso, querido diário. A história da minha vida em 15 dias se deu da forma mais inesperada que existe: apaixonando-me pelo pior cara do mundo e prestes a atravessar o Pacífico ao lado dele. 


Conto feito por mim, para a disciplina de Leitura e Produção de Textos II - 
2º Semestre de Jornalismo

sábado, 15 de outubro de 2011

Você existe?

Ei, você dos meus sonhos? Você existe? Se sim, onde te encontrar? Só queria alguém que me fizesse esquecer tudo que me corrói e me machuca. Alguém que me tirasse do chão, apenas com um olhar. Não quero um amor morno. Odeio pouca intensidade. Se me contentasse com a firmeza da terra, estaria com alguém. Mas como quero o céu e nasci exigente e chata, estou aqui: esperando por quem me levará dessa calmaria. Eu quero me surpreender. Quero um amor novinho em folha. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não há problemas em chorar

E quando você percebe que não é forte o suficiente para suportar certas coisas? Chorar não adianta, eu sei. Mas tem vezes que mesmo querendo se segurar, você não consegue. Aceite os fatos, admita ser ainda sensível e continue tua vida. 

domingo, 4 de setembro de 2011

O melhor dos amores


Sobre a noite ou dia, iluminado pela lua ou pelo sol, não importa! O fato é que você já chorou por um amor. Aquele amor “eterno” mas que não durou, aquele que veio, te fez balançar, mudou sua vida e saiu dela sem avisar. Você sentiu-se encurralado, quis gritar e sair correndo de onde estava. Pensou em jogar tudo para o alto, beber o “chá do esquecimento” para apagar tudo que não deveria lembrar. Mas você lembra, não é mesmo?
Como se esquecer da primeira troca de olhares, daquele sorriso perturbador e de todas às vezes na qual acreditaram juntos que tudo seria para sempre? Impossível, sabemos.
O ruim de um final é quando a gente não deseja que ele aconteça. Aprenda! Tudo nessa vida é probabilidade, nunca certezas. Você sabe o quanto quer algo, mas não tem como saber se vai dar certo. O problema é que ultrapassamos os limites da lógica e viajamos em um “mundinho” só nosso, onde mesmo sabendo que as coisas nem sempre duram para sempre, preferimos nos iludir a encarar a realidade.
Você ficou uma semana inteira planejando um momento, até desistiu de fazer uma viagem com seu melhor amigo apenas para ficar na espera do dia perfeito. Perfeito, será? E quando o perfeito não passa de uma fantasia? Admita! Você sabe as respostas dessas perguntas, mas fingir não entendê-las é bem mais fácil.
Para quem está pensando: “Ah, mais uma crônica de amor!” você está certo. Falar de amor, nunca é demais, mesmo que ele não tenha durado uma vírgula de toda uma história que você planejava construir.
Em meio de tanto sofrimento, de repente, o telefone toca, você treme ao imaginar quem seja, mas ao atender percebe que não é uma ligação com pedido de desculpas e recomeço. A voz soa mais alto do que o normal e quando você consegue raciocinar e concentrar naquela chamada, você compreende aquelas palavras. É alguém perguntando: “Calma, você quer que eu vá até ai?” As lágrimas resolvem despencar como uma cachoeira em dia de chuva e só o que você consegue dizer é: “To te esperando”.
Alguns minutos passam, e logo a solidão desaparece. Seu amigo chegou o mais rápido possível. O mesmo amigo que você se recusou a viajar junto, pra ficar a espera do dia perfeito que não aconteceu.
Nada melhor que desfrutar da boa companhia de alguém que realmente te entende e te conhece. Ele sabe que você tem suas manias e prefere não ter que falar nada quando está triste, por isso, mesmo em silêncio o simples fato de tê-lo ao seu lado segurando sua mão já te reconforta. Depois de horas juntos, assistindo uma comédia sentados naquele sofá amarelo da sua sala, que a propósito, ele sempre odiou, você chega a conclusão de que não precisa de paixões avassaladoras quando se tem um ombro amigo e alguém em que confiar. Afinal, a amizade é o melhor dos amores.


Crônica para a disciplina de Leitura e Produção de Textos II - 2º semestre
                                   Luiza Adorna e Gabriela Bruchmann

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Carente e histérica

Um dia me falaram que eu era carente. Agora me falam que sou histérica. Não estou reclamando, na verdade, sempre soube de tudo isso. E eu gosto de saber que as pessoas conseguem me ler tão bem.
Sou carente mesmo. Preciso de abraços, companhia e carinhos constantes! Talvez seja por isso que sinto tanta falta da minha cidade durante a semana que estou longe dela, pois fui criada assim. O pequeno Paraíso que tanto falo é a minha eterna casa. As melhores pessoas do mundo moram nele. Meus pais são minha vida, minha irmã é a melhor pessoa do mundo, meus animais são minha paixão e meus amigos me fazem ser o que eu sou. Portanto, ao crescer regada de carinho e proteção, me acostumei assim. Sou feliz assim!
Fui feita para depender do amor daquelas pessoas que são extremamente importantes pra mim, e assim sendo, me vejo buscando em tudo e em todos, proteção.
Sou intensa. Gosto das coisas que sinto ser feitas com amor. Amo beijos, abraços, carinhos, cafuné e sou apaixonada pela frase “Eu te amo”. Sou boba e admito, mas pelo menos, sou feita de verdade! 



Dedicada a Bibi que me conhece incrívelmente bem (e sabe o quanto sou carente), apesar do pouco tempo que nos conhecemos. Eu amo você amiga!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aprendendo a crescer

Depois de muitos sofrimentos e obstáculos, é perceptível que quanto mais problemas enfrentados, mais forte ficamos. Não estou falando de força física. Eu falo de mentes e corações preparados para o pior que possa acontecer. Maturidade, é disso que eu falo. Aprender a lidar com esse mundo cruel e saber dar valor apenas pra quem também te valoriza.
Entre tombos e tropeços, foi isso que aprendi. Quem me merece jamais me fará sofrer. Agora eu sei distinguir isso, e é isso que importa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

É sempre a mesma história

É sempre a mesma história. A dúvida com sua mania de aparecer na vida dos outros e assim transformar o planejado. Na verdade, talvez sejamos nós mesmo que provocamos tantas incertezas, afinal, somos seres que gostamos de complicar. Você já parou para pensar que muitas vezes, por nos privarmos das escolhas imediatas acabamos bagunçando tudo? Na verdade, não seria a pessoa certa para escrever um texto aconselhando a ser de um jeito, sendo que não sou.
Se você parar para perceber, cometemos deslizes o tempo todo. A indecisão afeta nossa vida em muitos aspectos. É triste, mas é verdade.
Aquele ônibus que você não pegou; aquela escolha que você não fez; aquela vontade que não matou; aquele amor que desperdiçou. Não seria tão melhor se pudéssemos prever coisas que poderiam acontecer? Quem disse que naquele ônibus você não ia conhecer um grande amigo ou talvez o amor da sua vida. A escolha rejeitada por esperar que algo de melhor acontecesse talvez fosse a melhor alternativa. Está aí um grande erro nosso. Não fazemos algo agora porque sempre imaginamos que algo melhor virá. Então pra que desperdiçar tempo com algo duvidoso?
Talvez, seguir o coração seja sempre a melhor escolha, mesmo que pensar bem antes seja “mais correto”. Então, desculpa sociedade, mas eu ajo por instinto. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Exigente demais

Fico pensando, nunca ninguém consegue ser o que eu queria. Sou chata, exijo o que não existe no mundo normal, ou pelo menos, ainda não encontrei. E quando acho que encontrei, não dá certo. Na verdade, aqueles (dois) a qual eu já gostei o suficiente pra chegar ao ponto de querer algo mais sério, não seriam totalmente ideais, porque se fossem estariam aqui ainda. É, mas não estão.
Será que é tão difícil encontrar uma pessoa que seja do jeito que sempre sonhamos? Não, não estou com pressa de achar o amor da minha vida, só resolvi escrever um pouco sobre essa velha história que tanto falam: “Não devemos mudar ninguém, portanto, aprenda a amar quem lhe ama.”
Eu sei, seria ótimo e fácil, confesso. Mas seria entediante. Não desejo alguém que seja o que eu deveria querer. Quero alguém que eu realmente deseje.
Alguém que além de me amar, me conheça e me aguente. Não quero apenas ser amada, quero amar e ser amada. Quem vive pelo outro, não vive a própria história, e eu quero ser feliz.
Quero alguém que saiba quando estou nervosa e segure minha mão. Alguém que entenda meus ataques durante a TPM, que não me pergunte por que estou tremendo, alguém que conheça meus defeitos. Desejo alguém que saiba que quando eu pedir: “Me traga um refrigerante”, traga Pepsi sem questionar. Alguém que saiba o quanto amo marshmallow e o quanto odeio palmito. Que não me ache louca por tomar tanto sal de fruta e me acompanhe quando me pegar comendo um pote inteiro de sorvete de flocos.
Alguém que, além de tudo isso, conheça minhas preferências em todos os aspectos.
Quero alguém que tenha fôlego pra me acompanhar, que assista todos os filmes comigo, leia o que eu escreva e goste de nadar.
Alguém que seja engraçado e que saiba provocar. Não precisa ser lindo, mas tem que me fazer rir. Eu sonho com alguém que me irrite às vezes e depois me ame como nunca. Alguém que invés de apelidos carinhosos, me chame de chata e diga o quanto sou péssima cantora quando resolver cantar as mais antigas músicas. Sempre gostei de relações amor x ódio, aquela velha história “entre tapas e beijos”. Não me confunda. Não desejo alguém mau, grosso e mal educado que vai partir meu coração. Eu digo me irritar no sentido de fingir não me amar e depois rir da situação ao dizer: “Sua boba, tu acha mesmo que eu não te amo?”
Alguém que não seja tão pegajoso, mas que não me perca de vista. Alguém que sinta pouco ciúme de mim, e apenas ciúmes necessários. Nada de ciúmes quando se tratar de meu melhor amigo, minha família e minhas amigas. Quero amor intenso, não quero ninguém que me trate do jeito que trataria a mãe ou a irmã, desejo atenção e quero ser surpreendida.
Uma pessoa que me ligue quando menos esperar e não se importe com minhas paixões por ídolos, esmaltes e livros. Que ame ficar até tarde acordado e goste de dormir com no mínimo dois edredons. Alguém que eu olhe nos olhos e perceba que realmente está do meu lado porque quer e principalmente, que continue para sempre.
Ei, não sou tão egoísta assim. Quero alguém que eu possa fazer feliz também. Mas para isso eu preciso amar mais do que o suficiente para tal proeza. Afinal, fazer alguém feliz é tarefa difícil e eu não quero fingir um relacionamento caso ele não for realmente o meu destino.
Sou previsível e imprevisível ao mesmo tempo. Embora meus gostos sejam claros demais, minhas ações não. Posso fazer algo hoje e amanhã mudar de direção, posso estar amando hoje e odiando amanhã. Eu gosto de atenção e muitas vezes não sou compreendida.
Você deve estar aí, pensando: “Que garota idiota, ela acha que isso é mesmo possível?”, E então, meus caros, eu respondo: Eu penso exatamente a mesma coisa.
Por mais que eu sonhe boa parte do dia, eu tenho meus momentos realistas, onde me pego fazendo a mesma pergunta. O ruim de se auto perguntar isso, é se deparar com a resposta, aquela que eu não quero ouvir, mas que está clara demais para mim e para todos. Portanto, chego à conclusão que, embora eu quebre a cara milhões de vezes e me iluda por toda vida, é melhor viver meu mundo imaginável do que desistir de meus sonhos. Pra que enlouquecer com as decepções da vida real, se ao fechar os olhos é possível ser qualquer coisa?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Jornalismo

Hoje, férias, comecei a pensar e percebi que sempre me condenei por sonhar alto e nunca ter um sonho realizado. Foi quando lembrei que essas minhas férias a qual estou feliz em casa, são férias diferentes. Não são mais aquelas de escola que sempre amei. Essas férias significam mais do que ter um momento pra dormir até tarde, aproveitar as horas vagas, assistir muitos filmes e ler um determinado número de livros. Minhas férias, minhas primeiras férias de faculdade, que marcam o fim de um semestre. Pronto, cheguei no ponto desejado. Lendo um post antigo aqui do blog, a qual escrevi sobre meu sonho de fazer jornalismo, me dei conta que posso agora dizer: Um dos meus sonhos foram realizados. O meu sonho de criança está acontecendo. Todas as tardes que brincava de apresentar jornal e todas as centenas de textinhos escritos não foram em vão. Posso dizer, com toda certeza, que minha infância determinou na minha decisão pelo jornalismo. Aliás, nem posso chamar de decisão. Decisão é quando você, entre a ou b, opta por a. Eu não tinha um b, eu sempre pensei em apenas uma profissão. Talvez deva corrigir minha frase e continuar assim: Posso dizer, com toda certeza, que minha infância originou essa minha VONTADE, esse louco e incurável desejo pelo jornalismo.
Daqui a quatro anos, vou ler isso, e ainda vou amar tudo isso. A diferença é que estarei formada e poderei ganhar a vida fazendo o que gosto. O futuro é incerto, mas o sentimento é eterno.
Um semestre foi, que venha os próximos oito.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Meu terrível medo de morrer

Odeio pensar que um dia eu, e todos que amo, vão partir. Nunca entendi a morte, não gosto dela, tenho pavor e choro apenas em pensar. Sim, sou boba. Tenho que entender o fato de as pessoas não durarem para sempre. Mas o que posso fazer? Tenho esse chato defeito de não conseguir aceitar certas coisas.
Diante desse meu dilema, lendo Doidas e Santas, me deparo com essa maravilhosa crônica (como de costume) da Martha Medeiros. 


" Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é?

Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça nenhuma."

Achar uma crônica da Martha maravilhosa é fácil, ainda mais pra mim que sou fã do trabalho dela, mas esse texto foi especial. Especial pelo fato de falar sobre meu maior medo e de revelar que este não é apenas um temor meu, e sim de muitas outras pessoas. Afinal, morrer cedo é acordar de um sonho antes de chegar na melhor parte. É triste e é inconsolável.

terça-feira, 28 de junho de 2011

O amor de uma vida pode ser um amigo, porque não?

(depoimento feito para o melhor amigo do mundo)


Podem olhar a vontade. Sim, a gente anda de mãos dadas, abraçados, eu pego na cintura dele, ele faz carinho em mim, mas essa troca de sentimento não precisa ser necessariamente uma relação carnal entre duas pessoas. Não vou dizer que é apenas amizade, é amor sim, mas amor de irmão, de amigo, aquele amor que quero sempre em mim. Eu o amo, mas nem por isso significa que o namoro, fico, pego ou sei lá o que mais pensam. Não tenho vergonha e nem receio em dizer que ele é o cara mais especial que podia ter entrado na minha vida. Porque nenhum romance deve ser maior que o amor de melhor amigo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vivendo

E o que fazer quando se perde o controle dos próprios sentimentos? Eu realmente não gosto de mudar de planos, mas às vezes a vida pede, suplica, clama por isso! Não sei mais de muita coisa que antes dizia saber. Sei que quero ver as coisas acontecerem naturalmente, sem pressa, sem decisões precipitadas. Eu que sempre gostei de ter tudo planejado e combinado nos últimos detalhes, adoto a partir de hoje uma nova filosofia: “O que tiver que acontecer vai acontecer sozinho”. Acho que passei a gostar do inesperado. Isso é bom?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sem me controlar

Não, nem sempre é pra sempre. Quando me pego pensando no passado percebo o quanto as coisas mudam e como o que era essencial, se torna indiferente. Podemos amar em algum dia, e no outro estar odiando. Posso querer doce agora e daqui a dois minutos estar enjoada. Posso achar alguém chato hoje e amanhã ver nesse alguém a pessoa mais amável desse mundo. E tudo isso são fatos. Ninguém me disse, mas eu sinto. São lições que aprendemos à medida que vamos amadurecendo. Por isso já errei tanto, porque nunca gostei de “me medir”, “me controlar”, e assim falo o que não devo, faço promessas e amanhã já não as quero cumprir. Hoje sou uma e amanhã posso ser outra. Isso é um grande defeito, mas pelo menos tenho consciência disso.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Menos idiota e mais forte

Eu tinha a mania de ficar procurando respostas, soluções e parecia sempre me faltar algo. Mas de um tempo para cá, eu amadureci. Cresci em mente e em coração. Não falo tantas coisas sem pensar, só algumas, mas quem me conhece a tempo sabe que antes era muito pior. Consigo segurar o choro, disfarçar e não explodir por qualquer coisa. Isso foi outra coisa que mudou em mim, ao invés de armar um escândalo e chorar, hoje eu finjo que não ouvi e sigo em frente. Não significa uma mudança radical, eu apenas melhorei, estou menos frágil, menos cabeça quente e menos idiota. Sim, eu era muito idiota. Hoje, leio meu diário e percebo a quantidade de besteira que já fiz nessa vida. Fui capaz de chorar por quem hoje sei que não vale uma lágrima minha. Briguei com quem não merecia, e perdoei quem hoje se mostra indiferente pra mim. Não soube dizer não na hora mais importante. Recusei amores, continuei cega por oito anos. Acreditei no amor, quebrei a cara. Ajudei quem queria meu mal, deixei de fazer coisas que queria por medo de magoar quem me magoou muito mais depois. Enfim, fiz o que meu coração mandava. Errei, mas estou aqui. E agora, sei o que é bom para mim. Não vou mais me iludir, vou tentar ser “gente grande”.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

GRANDE Martha

Procurando colunas para colocar na página de jornal para a disciplina de Editoração Eletrônica, encontrei essa crônica de Martha Medeiros que ainda não tinha lido, e que a propósito é ótima (bom, mas isso não é novidade se tratando da Martha).


                               O amor que a vida traz
                                                                                                            Martha Medeiros


Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.

O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos.

E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.

Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.

E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase.

Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego.

Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence.

Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!

Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.

sábado, 30 de abril de 2011

Em homenagem a @maaaartina e @RSmimi

Não ia publicar nada a respeito do tão falado casamento real. Mas minha queridas amigas Martina e Michelle me instigaram a comentar algo a respeito. Tudo bem, elas estavam sendo irônicas, mas percebi que tanto movimento era digno de um post.
Esse tipo de história, principe apaixonado por uma plebéia, me lembra os filmes que tanto gosto de assistir (sim, sou daquelas românticas e sonhadoras). Por isso quando leio algo do tipo: O que temos a ver com a vida deles? Para que tantos comentários? Porque William e Kate estão nos tt's? E percebendo que em geral, as pessoas não gostam desse envolvimento e atenção dada à algo que parece tão superficial, pergunto: Se gostamos de filmes que contam a mesma história, porque não querer assistir essa que é real e ainda transmitida ao vivo? Eu, sinceramente, não tenho a mínima vergonha em dizer que, enquanto pude, assisti. E depois fui pra aula.
Não é do vestido que quero falar (mesmo tendo achado ele magnífico), nem dos chapéus hilários dos convidados. O que gosto mesmo, é da história em si. Do conto de fadas do século XXI, onde tudo é sonho, tudo é magia, e o melhor, tudo é presente. O que encanta as pessoas é isso. O fato de existir até hoje essa vida, com realeza, tronos, castelos, um príncípe, uma então princesa, e um amor.

sábado, 16 de abril de 2011

Medo de amar? ah, conta outra

Malaxofobia (medo de amar)






No meio de diversos twetts, descobri que existe um nome para o medo de amar, malaxofobia. Sinceramente, isso é uma besteira. Não há como dizer que a burrice de não se entregar e viver um amor seja uma “doença” . Quem não tem coragem de assumir os sentimentos é aquele que tem vergonha de ser quem é e receio por não querer sofrer.

Talvez se mais pessoas soubessem desse termo, teriam uma boa desculpa para usar quando dizem que “não querem se envolver”. Olha que simples seria: Uma menina super apaixonada depois de horas pensando, enquanto devorava uma barra de chocolate, resolve dizer tudo o que sente para o garoto “perfeito”, e de repente ele diz: Desculpa, não posso. Sofro de Malaxofobia.

Eu sei, seria estranho, mas pelo menos não nos sentiríamos tão rejeitadas.

Nunca gostei de desculpas, muito menos as “esfarrapadas”. Gosto de verdade, mesmo que doa, mesmo que me faça sofrer durante anos. Mas não posso negar, seria mais fácil de suportar.

domingo, 10 de abril de 2011

Odeio me importar demais

Odeio ser simpática com alguém e não receber um mero sorriso em troca. Odeio acordar cedo e não poder ver quem eu amo. Odeio sentir saudades. Odeio fazer tudo errado e depois me arrepender. Odeio amar quem não merece. Odeio a distância. Odeio pensar que no fim, todos vão morrer mesmo, isso me desestrutura totalmente. Odeio o tédio. Amo escrever, ler e amo meu sonhado jornalismo. Odeio ter mil idéias e não poder transmiti-las. Odeio quem finge que não se importa. Odeio a água tratada e odeio o modo como as pessoas são frias. Gosto de água pura, de muita água. E principalmente de pessoas puras, verdadeiras, repletas de sentimentos. Pessoas que amam, sentem e respeitam. Odeio perceber que enquanto eu fico triste por minha unha ter quebrado, crianças e adolescentes são assassinados por um insensível sem coração. Odeio segunda-feira. Odeio me desapegar. Odeio tomar café sozinha e odeio essa história de pegar geral. Odeio quem não respeita a opinião dos outros e tenta convencê-los do contrário. Odeio gripe, renite e o trânsito agitado. Odeio tudo que me faz ficar mais fraca. Odeio querer e não poder e odeio saber que não devo e mesmo assim querer. Odeio tempestade. Amo o sol. Odeio o pessimismo e desejo PAZ. Quero tudo e nada ao mesmo tempo. Quero mais amor, amizade e força pra lutar. Meus amigos são minha alegria. Minha família, a minha motivação. E o futuro brilhante é onde quero e sonho em chegar.

sábado, 2 de abril de 2011

E viva a Mulher Brasileira, VIVA MARIA!


Mais do que merecido. Estava na hora de um rostinho bonito ganhar e provar para todos que o importante não é ser inteligente e certinha, e sim ter personalidade e não ter medo de cometer erros, pois querendo ou não, ninguém é perfeito!

domingo, 27 de março de 2011

Eu me importo, eu vivo

Sabe o que mais me irrita? É o desinteresse. Desinteresse de se importar, de viver, de lutar e não apenas ficar reclamando. A vida é difícil e todo mundo sabe disso. Talvez seja por isso que amo tanto televisão. Enquanto muitos tratam a mídia e a ficção como uma falta de ter o que fazer e uma maneira de se iludir, eu respondo: O mundo já é cruel, porque não poder sonhar, divertir e viver o que não é real para esquecer um pouco as dificuldades e obstáculos dessa vida. Novelas e filmes não são perdas de tempo e sim maneiras de se distrair e sonhar. Big Brother não é besteira, é um jeito de estudar o comportamento humano, de julgar e entender como cada pessoa é diferente, mas mesmo assim todas são humanas e merecem atenção. Televisão é como música. Trata de diversos assuntos, possuem trechos ilusórios só que nos fazem muito bem. Pois sonhar é a melhor maneira de “sumir” um pouco dessa triste “vida real”.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Oficina de Criatividade - 1º Semestre de Jornalismo *-*

domingo, 13 de março de 2011

Alguém explica pra ele que as coisas não funcionam desse jeito #ForaMaumau

Depois da eliminação da Tata, os únicos que "merecem" ganhar são Maria, Diana, Daniel e Rodrigão, sendo que o último pode perder o prêmio por estar se submetendo as regras de Mauricio. Rodrigão já foi quem liderava as enquetes de popularidade, mas depois da ressurreição de Maumau, os dois estão se auto eliminando. Primeiro Mauricio. Aquele cara alegre que entrou no BBB em janeiro e se uniu a Maria, que a respeitava e demonstrava carinho não existe mais. Depois de saber por Ariadna na casa de vidro que Maria supostamente fazia programas, ele voltou arrogante e se perdeu no jogo. Sem saber do verdadeiro motivo do afastamente, Maria corria atrás dele, mostrando que ao contrário dele, aquilo que aconteceu entre eles não havia acabado, pelo menos pra ela. Mas Maumau é machista demais para dar o braço a torcer. Agora que Maria finalmente desencanou dele e resolveu dar uma chance para Wesley, ele se sentiu decepcionado. Wesley, uma pessoa do bem. Maria votou nele, Maria quis e depois o esnobou, teve de ver a mulher por quem se atraiu correr atrás de quem não dava a mínima pra ela, e mesmo assim, apesar de tudo, continuou a ser amigo dela, a gostar e protege-la, sem a julgar, sem a desmerece-la. Ele sim tem atitude de um homem de verdade. Depois disso, Maumau tem a capacidade de dizer a Rodrigão que era um desgoto ver eles juntos, e ele e Rodrigão decidiram não mais cumprimentar o novo casal da casa. E assim aconteceu. Wesley deu bom dia para Rodrigão que simplesmente o ignorou. Uma pena. Rodrigão é uma ótima pessoa, mas com Mauricio do lado ele simplesmente se perde e se contradiz. Porque pra eles, Wesley beijar Maria foi um desrespeito já que eles são "amigos", mas engraçado que Rodrigão beijar Adriana que tinha namorado foi uma atitude linda e que  não machucou ninguém. Só que seja alguém lá dentro. Porque aqui fora teve consequência e o pobre ex-namorado ficou conhecido pelo Brasil todo. Julgar é fácil, difícil é enxergar o próprio nariz. Espero que Bial arrase - como de costume - no discurso da eliminação de Mauricio essa noite, para que ele perceba que além do carinho do povo, perdeu o amor de quem realmente gostava e se importava com ele.

Quando a Dona do Jogo é eliminada

Realmente é deprimente ver a maneira como o Brasil está votando nessa edição do BBB. Depois de Cristiano, Natália e Ariadna - figuras fortes e que movimentavam o programa -  serem eliminados, chega a vez da única pessoa que sabia o que fazer e que protegia Maria e Daniel sair do programa numa rejeição triste de 61% em um paredão triplo. Talula foi eliminada do programa não por algo que fez e sim pelas pessoas não entenderem que aquilo é um jogo e que quem merece ficar  alí é quem sabe e enxerga as coisas com clareza e consegue tomar atitudes que balançam a estrutura do programa.
Nem Daniel e nem Wesley teriam motivos para deixar a disputa nesse momento. Mas "expulsar" do programa a pessoa que fazia ele acontecer é indiscutivelmente uma pena.
O BBB 11 está mostrando que a cada edição as coisas estão piorando e que se continuarem assim, os próximos reality show de Boninho serão programas que só poderão ser exibidos pela madrugada.
Big Brother Brasil não é mais um jogo, e sim uma colonia de férias, a qual segundo a maioria, quem merece ganhar é aquele que simplesmente tiver sorte ou se manter neutro.

segunda-feira, 7 de março de 2011

#FicaTalula

Hoje lendo o site DeCaraPraLua, me deparei com um post sobre a Talula, que a propósito foi muito bem feito, e junto dele um comentário de um avatar chamado Lolita:

" Talula não faz nada q todas as pessoas não fazem. Ela fala mal dos artistas? Tudo bem, pode ter errado pq falou no BBB q eh um programa visto por todo o Brasil, mas quem não fala? Os artistas estão ai na mídia e sabem q por serem conhecidos estão expostos a críticas a todo momento. Todos nos falamos "mal" tanto de pessoas q conhecemos como de artistas. Só q quem está com raiva dela são os fãs desses artistas q aliás tb devem falar mal de outros famosos q não são fãs. Quando estamos reunidos com amigos falando besteiras, quem é q nunca falou mal de algum famoso?!! Agora estão criticando ela por coisas q todos fazem. Mas como disse, claro q é um caso diferente, por ela estar num reality show. O q quero dizer é q ela faz coisas q todos nós fazemos. O Gago mesmo q era amigo dela, ela dar a opiniao de jogo dela p ela sair estava mais do q certo, é jogo. E outra, ela era amiga dele sim, mas como toda amizade, ele estava passando dos limites com todos e tanto ela como muitos outros estavam de saco cheio de suas grosserias. Ela viu q ele estava ficando cada vez pior e não é obrigada a aguentar um cara q no começo era uma coisa e foi ficando cada vez pior. A Adriana mesmo, duvido muito q Talula tivesse inveja dela, ela só queria tirar uma menina chata q chegou depois e q nao vazia a menor questao de ser amiga delas, só queria ficar se fazendo p homens pq p uma mulher bonita é muito mais facil conquistar a amizade de um homem q de uma mulher, pq o homem sempre se rende aos atributos femininos. E convenhamos, Talula é muito mais bonita q Adriana. Muito mesmo!!!! Talula não pode dar sua opinião q logo é criticada. Cada um tira suas próprias conclusões, até mesmo quando falou de Maria era verdade, pq eu adoro Maria, mas ela as vezes passa dos limites e uma amiga tem o dever de abrir os olhos da outra. Talula as vezes faz coisas q não gosto, mas não é por isso q ela merece sair. Todos nós tentamos fazer o certo mas as vezes acabamos errando!!!! "
 
Depois de lido, eu fiquei feliz ao saber que mais pessoas pensam assim. Porque admitindo ou não, todos seres humanos são portadores de defeito e estão constantemente errando. A única diferença entre Talula e o resto das pessoas, é que ela está num lugar cercado de câmeras, com a intimidade exposta e sendo julgada a todo momento.
Será uma pena ver a única grande jogadora do BBB11 sendo eliminada do programa devido o pensamento errado que as pessoas tem sobre ela.

domingo, 6 de março de 2011

O trote ( Jornal e PP ) - Unisc 2011









segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O começo de tudo

Começar uma faculdade que você sempre sonhou, de duas uma, ou você ama ou se decepciona. E no meu caso EU AMEI. E o mais engraçado é chegar, fazer a apresentação e perceber que a maioria possui as mesmas caracteristicas: o gosto de ler e escrever e a certeza desde criança do curso desejado.
Nova vida, nova "casa", novos costumes e novo ritmo. Falando nisso, é melhor eu dormir porque ainda não me acostumei com esse novo estilo de vida.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A favor de Jorgito, Renato e Camila

É engraçado como as novelas podem influenciar e mexer com os sentimentos da gente. Mesmo sendo tudo ficção, por um motivo ou outro acabamos por nos apegar como se fosse vida real e sentimos como se aqueles personagens realmente fizessem parte de nossa vida.
As novelas das sete sempre me agradaram muito - e foram minhas preferidas também - Pé na Jaca, Beleza Pura, e agora Tititi. Gosto de ver comédia, está  ai a melhor resposta pra essa minha preferência. Gosto de situações diferentes, hilariantes e sem muito drama - novelas das nove nunca mexeram comigo - e é por isso que novelas assim me prendem na frente da tv.
Falando especifcamente sobre Tititi, meus gostos por casais seria diferente se eu ainda tivesse os pensamentos de um tempo atrás. Há alguns meses eu falaria: Desiree tem que ficar com Armandinho, pois sempre foi o grande amor da vida dela, Marcela com Edgar que é lindo e a música tema deles é apaixonante e Luti ficaria com Val, pois adoro relações amor e ódio.
Agora, com a cabeça mais adulta e depois de tudo que já passei em relação a sentimentos, meus gostos e pensamentos já mudaram muito.
Hoje digo com vontade que o destino dos meus queridos personagens de Tititi serão Desiree com Jorgito, que é muito mais educado e gentil com ela. Aprendi que as melhores pessoas para estarem do nosso lado, são aquelas que te fazem bem e não somente aquelas que te fazem "tremer na base".
Já Marcela deve ficar com Renato. Tudo bem ele errou e muito. Mas os olhos deles o denunciam do quanto ele é apaixonado por ela. Aprendi que é preciso perdoar e desejar ao seu lado pessoas que realmente se importam contigo.
Luti, ou melhor, Luis deve e quer ficar com a Camila. Apesar das comunidades no orkut quererem ele com a Val eu não consigo imaginar ele feliz sem ser com a Camilinha. Aprendi que melhor que relações cheias de provocações existem aquelas que te fazem bem e consequentemente te fazem feliz.
Agora é só esperar pelo desenrolar dessa trama e torcer pelos esperados casais.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Talula e Rodrigão - O motivo de ser Mescoli

Fiz isso vídeo com meu lado esperançoso, e daí? é bom sonhar!


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

15 dias para tudo começar

Eu nunca fiquei em dúvida quanto o curso que gostaria de prestar vestibular. Jornalismo, sempre jornalismo. Logo eu que muitas vezes sou tão emotiva e fico muito nervosa. Mas não para isso, quando se trata de escrever e falar eu me sinto diferente. Não é a toa que escrevi tantos textos, projetos de livros e amei o seminário que teve na escola. É isso que eu sempre quiz, o meu grande sonho de criança.
Lembro de uma vez, quando era pequena, escrevi em uma folha de ofício o "roteiro do meu jornal fictício", colei aquele pedaço de papel na parede do meu quarto, sentei no chão com as mãos na cama, arrumei uma pilha de papéis colocadas de propósito na minha frente e começei a ler olhando pra parede, como se olhasse para uma câmera e através dela , para os meus "telespectadores imaginários".
E foi isso que sempre me motivou  e me fez ter a ideia fixa na minha cabeça, é jornalismo e assim se deu. Nunca desejei outro curso. Tinha que ser o curso que sempre sonhei, só assim estaria satisfeita. E assim será.
Em 15 dias vou me mudar com minha Best e outra amiga para Santa Cruz e lá na UNISC começar a realizar o meu sonho de menina. Um sonho que preservei até hoje.