segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Todos os dias são especiais


A virada de um ano. Fogos. Brindes. Comemorações. Desejos. Promessas. Agradecimento. Renascimento. Renascer. Nascer um novo ciclo. São muitas as palavras quando o final de dezembro chega. A diferença de um segundo se torna muito para quem ignora horas de um dia normal. O último dia do ano nunca é definido como normal. É diferente, é especial. Mas, o que me preocupa é a mania das pessoas de parecerem boas durante as festas de final de ano e durante o resto dos dias permanecerem sem esperanças. É claro que a virada é importante. Acreditar e desejar boas coisas sempre vai ser relevante. Mas, com toda energia dessa época, meu desejo é que as pessoas priorizem o que dão importância nessa data, nos outros 334 dias de oportunidades para realizar. Feliz ano novo, mas, principalmente, feliz cada dia da nossa vida.

 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O verde do interior


Hoje caminhei por uma estrada cheia de pedras. E isso não foi uma coisa ruim. Pelo contrário, cada vez que percorro esse caminho, me sinto eu. De verdade. Como criança, como alguém livre e acostumada. Esse lugar é onde cresci, onde vivi, onde ainda moro. Às vezes. E, por mais que não seja sempre, é aqui que me sinto em casa. Minha casa, meu interior. Nada de barulho, nem de confusão. Olhar para trás ao escutar um barulho de carro é apenas um gesto de curiosidade, não de cuidado. A tranquilidade de me sentir segura é uma das maiores riquezas que tenho aqui. Ouvir o canto dos pássaros. Sentir o sol por entre as árvores. Árvores, natureza. Nada de calçadas que puxam os raios solares que chegam rapidamente, ignorando a camada protetora que deixou de nos cobrir. Pedras, terra e grama. Odeio o cinza das cidades grandes. Mas, preciso suportar. Por mais que ame o rural, é no urbano que terei de viver. É lá que fica a maior parte das notícias. É lá que vou precisar estar. Morar. Viver. Mas, às vezes. Porque sempre vou querer fugir para esse meu cantinho, onde não se tem shoppings, mas, se tem ar puro. O ar que eu quero. O ar que preciso. Cinza é a cor da destruição, verde me lembra esperança. E é de esperança que o mundo sobrevive.