domingo, 4 de setembro de 2011

O melhor dos amores


Sobre a noite ou dia, iluminado pela lua ou pelo sol, não importa! O fato é que você já chorou por um amor. Aquele amor “eterno” mas que não durou, aquele que veio, te fez balançar, mudou sua vida e saiu dela sem avisar. Você sentiu-se encurralado, quis gritar e sair correndo de onde estava. Pensou em jogar tudo para o alto, beber o “chá do esquecimento” para apagar tudo que não deveria lembrar. Mas você lembra, não é mesmo?
Como se esquecer da primeira troca de olhares, daquele sorriso perturbador e de todas às vezes na qual acreditaram juntos que tudo seria para sempre? Impossível, sabemos.
O ruim de um final é quando a gente não deseja que ele aconteça. Aprenda! Tudo nessa vida é probabilidade, nunca certezas. Você sabe o quanto quer algo, mas não tem como saber se vai dar certo. O problema é que ultrapassamos os limites da lógica e viajamos em um “mundinho” só nosso, onde mesmo sabendo que as coisas nem sempre duram para sempre, preferimos nos iludir a encarar a realidade.
Você ficou uma semana inteira planejando um momento, até desistiu de fazer uma viagem com seu melhor amigo apenas para ficar na espera do dia perfeito. Perfeito, será? E quando o perfeito não passa de uma fantasia? Admita! Você sabe as respostas dessas perguntas, mas fingir não entendê-las é bem mais fácil.
Para quem está pensando: “Ah, mais uma crônica de amor!” você está certo. Falar de amor, nunca é demais, mesmo que ele não tenha durado uma vírgula de toda uma história que você planejava construir.
Em meio de tanto sofrimento, de repente, o telefone toca, você treme ao imaginar quem seja, mas ao atender percebe que não é uma ligação com pedido de desculpas e recomeço. A voz soa mais alto do que o normal e quando você consegue raciocinar e concentrar naquela chamada, você compreende aquelas palavras. É alguém perguntando: “Calma, você quer que eu vá até ai?” As lágrimas resolvem despencar como uma cachoeira em dia de chuva e só o que você consegue dizer é: “To te esperando”.
Alguns minutos passam, e logo a solidão desaparece. Seu amigo chegou o mais rápido possível. O mesmo amigo que você se recusou a viajar junto, pra ficar a espera do dia perfeito que não aconteceu.
Nada melhor que desfrutar da boa companhia de alguém que realmente te entende e te conhece. Ele sabe que você tem suas manias e prefere não ter que falar nada quando está triste, por isso, mesmo em silêncio o simples fato de tê-lo ao seu lado segurando sua mão já te reconforta. Depois de horas juntos, assistindo uma comédia sentados naquele sofá amarelo da sua sala, que a propósito, ele sempre odiou, você chega a conclusão de que não precisa de paixões avassaladoras quando se tem um ombro amigo e alguém em que confiar. Afinal, a amizade é o melhor dos amores.


Crônica para a disciplina de Leitura e Produção de Textos II - 2º semestre
                                   Luiza Adorna e Gabriela Bruchmann

2 comentários:

∂iσgσ ℓσρєєs disse...

Com certeza, desde a primeira até a última palavra escritas neste texto, mostram apenas tristes e felizes verdades. E como eu já suspeitava á algum tempo, você tem tudo para ser uma ótima jornalista. Continue assim, você terá um futuro brilhante na carreira dos seus sonhos, não é apenas por falar, é uma opinião sincera e não sarcástica, como a senhorita mesma disse que gosto de escrever.

Luiza disse...

Ah Diogo, me deixou sem jeito agora. Que bom que gosta de ler meus textos. Muito obrigado pelo que tu escreveu. Com certeza teu futuro será o dobro de tudo que tu deseja pra mim :)

Postar um comentário