E isso é
ótimo, vai dizer que não? Não me interesso por drogas, jogos de azar ou bebidas
extremamentes fortes. O meu negócio é com as palavras.
Sabe quando se
ama escrever, mas não se têm mais tempo para isso? Ou, na verdade, é uma fase
em que prefiro ler a passar para uma folha em branco, uma infinidade de
pensamentos soltos.
Fico, por horas,
a ler Tati Bernardi, Caio Fernando de Abreu e derivados. Será que ando tão
confusa que tentar me explicar seria complicado demais? Ler e se encontrar
naqueles textos, é realmente mais fácil.
Sempre gostei
de me justificar. Dizer “gosto de marshmallows com sorvete”, não é suficiente.
Preciso gritar aos quatro ventos que gosto por “me sentir saboreando pedaços de
nuvens com recheio da melhor sobremesa do Universo”. Não basta dizer que gosto,
preciso contar o porquê. É por esses, e outros motivos que possuo um blog.
“Palavras,
palavras, apenas palavras, pequenas palavras”. Preciso discordar da Cássia
Eller. As palavras têm um poder enorme, por menores que sejam. Ou você se
esqueceu que existe a palavra “fé”?
Quando se está
triste, alegre, confuso, doente, hiperativo, dramático, sem noção. Não importa!
Escrever, ler e se apaixonar por cada letra, por cada linha, é uma forma
incrível de se auto-remediar.