segunda-feira, 30 de abril de 2012

Palavras me viciam


E isso é ótimo, vai dizer que não? Não me interesso por drogas, jogos de azar ou bebidas extremamentes fortes. O meu negócio é com as palavras.
Sabe quando se ama escrever, mas não se têm mais tempo para isso? Ou, na verdade, é uma fase em que prefiro ler a passar para uma folha em branco, uma infinidade de pensamentos soltos.
Fico, por horas, a ler Tati Bernardi, Caio Fernando de Abreu e derivados. Será que ando tão confusa que tentar me explicar seria complicado demais? Ler e se encontrar naqueles textos, é realmente mais fácil.
Sempre gostei de me justificar. Dizer “gosto de marshmallows com sorvete”, não é suficiente. Preciso gritar aos quatro ventos que gosto por “me sentir saboreando pedaços de nuvens com recheio da melhor sobremesa do Universo”. Não basta dizer que gosto, preciso contar o porquê. É por esses, e outros motivos que possuo um blog.
“Palavras, palavras, apenas palavras, pequenas palavras”. Preciso discordar da Cássia Eller. As palavras têm um poder enorme, por menores que sejam. Ou você se esqueceu que existe a palavra “fé”?
Quando se está triste, alegre, confuso, doente, hiperativo, dramático, sem noção. Não importa! Escrever, ler e se apaixonar por cada letra, por cada linha, é uma forma incrível de se auto-remediar.  

terça-feira, 3 de abril de 2012

Era uma vez uma culpa boa

Eu me sentia culpada. Como não se sentir? Há um mês e dois dias não entrava em contato com meu mundo online. Logo eu. Apaixonada por escrever, sempre deixei claro o quanto meu blog é especial. Em 2009 me apaixonei por meu diário virtual, pois é lá, ou melhor, aqui, o lugar onde posso ser apenas coração.

A vida é complicada e muitas vezes é preciso usar a razão. Mas como quem me conhece sabe, gosto de verdade, gosto de emoção, gosto de viver e seguir minha intuição. Porém penso: tenho um grande motivo por ter me afastado. E esse motivo é uma paixão ainda maior. Um amor chamado Jornalismo.

Entre disciplinas da Universidade, trabalhos na Agência, livros e claro, matérias, me divido em cinco. Multiplico-me. Não estou nesse sonho apenas por estar. Se Deus me deu a chance de cursar uma paixão cuidada por mim desde a infância, não sou doida de deixar tudo isso rolar sem ter vivido. E vivo. Seria sem nexo tentar explicar o inexplicável. Não sei dizer o quanto amo, só sei dizer eu te amo jornalismo.

Ter me afastado daqui me traz culpa, mas sei, de verdade: é uma culpa boa e sem fim.