Sobre a noite ou dia, iluminado pela lua ou pelo sol, não importa! O fato é que você já chorou por um amor. Aquele amor “eterno” mas que não durou, aquele que veio, te fez balançar, mudou sua vida e saiu dela sem avisar. Você sentiu-se encurralado, quis gritar e sair correndo de onde estava. Pensou em jogar tudo para o alto, beber o “chá do esquecimento” para apagar tudo que não deveria lembrar. Mas você lembra, não é mesmo?
Como se esquecer da primeira troca de olhares, daquele sorriso perturbador e de todas às vezes na qual acreditaram juntos que tudo seria para sempre? Impossível, sabemos.
O ruim de um final é quando a gente não deseja que ele aconteça. Aprenda! Tudo nessa vida é probabilidade, nunca certezas. Você sabe o quanto quer algo, mas não tem como saber se vai dar certo. O problema é que ultrapassamos os limites da lógica e viajamos em um “mundinho” só nosso, onde mesmo sabendo que as coisas nem sempre duram para sempre, preferimos nos iludir a encarar a realidade.
Você ficou uma semana inteira planejando um momento, até desistiu de fazer uma viagem com seu melhor amigo apenas para ficar na espera do dia perfeito. Perfeito, será? E quando o perfeito não passa de uma fantasia? Admita! Você sabe as respostas dessas perguntas, mas fingir não entendê-las é bem mais fácil.
Para quem está pensando: “Ah, mais uma crônica de amor!” você está certo. Falar de amor, nunca é demais, mesmo que ele não tenha durado uma vírgula de toda uma história que você planejava construir.
Em meio de tanto sofrimento, de repente, o telefone toca, você treme ao imaginar quem seja, mas ao atender percebe que não é uma ligação com pedido de desculpas e recomeço. A voz soa mais alto do que o normal e quando você consegue raciocinar e concentrar naquela chamada, você compreende aquelas palavras. É alguém perguntando: “Calma, você quer que eu vá até ai?” As lágrimas resolvem despencar como uma cachoeira em dia de chuva e só o que você consegue dizer é: “To te esperando”.
Alguns minutos passam, e logo a solidão desaparece. Seu amigo chegou o mais rápido possível. O mesmo amigo que você se recusou a viajar junto, pra ficar a espera do dia perfeito que não aconteceu.
Nada melhor que desfrutar da boa companhia de alguém que realmente te entende e te conhece. Ele sabe que você tem suas manias e prefere não ter que falar nada quando está triste, por isso, mesmo em silêncio o simples fato de tê-lo ao seu lado segurando sua mão já te reconforta. Depois de horas juntos, assistindo uma comédia sentados naquele sofá amarelo da sua sala, que a propósito, ele sempre odiou, você chega a conclusão de que não precisa de paixões avassaladoras quando se tem um ombro amigo e alguém em que confiar. Afinal, a amizade é o melhor dos amores.
Crônica para a disciplina de Leitura e Produção de Textos II - 2º semestre
Luiza Adorna e Gabriela Bruchmann